Do G1 PE e Do G1, em São Paulo
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A escola de samba Unidos da Tijuca desfilou na madrugada
desta terça-feira (21) com um enredo em homenagem ao cantor e compositor
pernambucano Luiz Gonzaga, levando o
baião e a cultura nordestina à Avenida Marquês de Sapucaí, no Rio de Janeiro. A
escola desfilou na segunda noite de carnaval carioca e contou com 3.600
componentes, divididos em 33 alas.
A agremiação apostou mais uma vez na criatividade do
carnavalesco Paulo Barros, famoso por trazer inovação para a Passarela do
Samba, para apresentar o enredo "O
dia em que toda a realeza desembarcou na Avenida para coroar o Rei Luiz do
Sertão". A escola trouxe do nordeste o artesanato usado em cada uma
das alegorias da Tijuca.
A exemplo do ano passado, quando a escola deu o que falar
ao exibir truques de ilusionismo na Avenida, a comissão
de frente mais
uma vez inovou ao dar vida às sanfonas de Gonzagão nas acrobacias de
um ginasta romeno. A coreografia foi assinada por Priscilla Mota e Rodrigo
Negri, bailarinos solistas do Theatro Municipal do Rio de Janeiro. A sanfona na
comissão de frente também virou fantasia.
Clique no Leia Mais para assistir alguns trechos do desfile:
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Além de homenagear Gonzagão, a Unidos
da Tijuca fez reverência também à cultura nordestina. Um carro alegórico trazia
esculturas de barro, numa menção ao trabalho do Mestre Vitalino, da cidade de
Caruaru, no Agreste de Pernambuco. Em outro carro, gangorras e 154 sanfoneiros
deram um show à parte.
A bateria, comandada pelo mestre
Casagrande, misturou forró ao samba para embalar o enredo sobre o Rei do Baião.
Quem puxou o samba foi o intérprete Bruno Ribas, neto do compositor Manacéa, e
mais oito cantores de apoio.
As 80 baianas
da Tijuca giraram na passarela para representar a habilidade dos artesãos do
nordeste e a criatividade com a palha, principal meio de sobrevivência de
muitos nordestinos.
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A arte da cerâmica
também foi representada na Avenida pelo segundo casal de mestre-sala e
porta-bandeira, Vinícius, 22, e Jackellyne, 23, irmãos que deram vida a bonecos
de barro.
O carro abre-alas da Unidos da Tijuca, "Desembarque real", trouxe
uma corte com reis e rainhas de vários países chegando para a festa de coroação
do rei do sertão, com destaques para Carla Horta, de realeza do cangaço, e João
Helder, o cangaceiro real.
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A família do rei do baião estava representada por Rosinha, única filha de Gonzagão, e por
Daniel Gonzaga, filho de
Gonzaguinha.
O dia foi de comemoração extra para Marquinhos e
Giovanna, primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira, que completam este
ano vinte carnavais dançando juntos.
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O carro alegórico de Mestre
Vitalino, totalmente em cor de barro, reproduzia uma casa de pau a pique.
A Asa Branca,
um dos maiores sucessos de Luiz Gonzaga, foi lembrada no centenário no último
carro da escola, com três bolos gigantes com rádios que representavam o sucesso
que o compositor fez pelo país.
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O desfile mostrou também a Missa do Vaqueiro e as festas
juninas no Nordeste. No último carro, a escola de samba carioca mostrou a
coroação do Rei do Baião. Um sanfoneiro, o destaque Nino, erguido no alto do carro, representou Luiz Gonzaga e um bolo comemorou os cem anos de nascimento desse
pernambucano nascido em Exu, município do Sertão do estado. E outra surpresa:
pássaros brancos humanos, de movimentos prefeitos, saíam de dentro da alegoria
para personalizar a canção do homenageado.
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