terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

HOMENAGEM AOS 100 ANOS DO REI DO BAIÃO, TOMA CONTA DA MARQUÊS DE SAPUCAÍ, NO RIO

Do G1 PE e Do G1, em São Paulo


imagem: g1.globo.com
A escola de samba Unidos da Tijuca desfilou na madrugada desta terça-feira (21) com um enredo em homenagem ao cantor e compositor pernambucano Luiz Gonzaga, levando o baião e a cultura nordestina à Avenida Marquês de Sapucaí, no Rio de Janeiro. A escola desfilou na segunda noite de carnaval carioca e contou com 3.600 componentes, divididos em 33 alas.

A agremiação apostou mais uma vez na criatividade do carnavalesco Paulo Barros, famoso por trazer inovação para a Passarela do Samba, para apresentar o enredo "O dia em que toda a realeza desembarcou na Avenida para coroar o Rei Luiz do Sertão". A escola trouxe do nordeste o artesanato usado em cada uma das alegorias da Tijuca.

A exemplo do ano passado, quando a escola deu o que falar ao exibir truques de ilusionismo na Avenida, a comissão de frente mais uma vez inovou ao dar vida às sanfonas de Gonzagão nas acrobacias de um ginasta romeno. A coreografia foi assinada por Priscilla Mota e Rodrigo Negri, bailarinos solistas do Theatro Municipal do Rio de Janeiro. A sanfona na comissão de frente também virou fantasia.

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Além de homenagear Gonzagão, a Unidos da Tijuca fez reverência também à cultura nordestina. Um carro alegórico trazia esculturas de barro, numa menção ao trabalho do Mestre Vitalino, da cidade de Caruaru, no Agreste de Pernambuco. Em outro carro, gangorras e 154 sanfoneiros deram um show à parte.


A bateria, comandada pelo mestre Casagrande, misturou forró ao samba para embalar o enredo sobre o Rei do Baião. Quem puxou o samba foi o intérprete Bruno Ribas, neto do compositor Manacéa, e mais oito cantores de apoio.

As 80 baianas da Tijuca giraram na passarela para representar a habilidade dos artesãos do nordeste e a criatividade com a palha, principal meio de sobrevivência de muitos nordestinos.



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A arte da cerâmica também foi representada na Avenida pelo segundo casal de mestre-sala e porta-bandeira, Vinícius, 22, e Jackellyne, 23, irmãos que deram vida a bonecos de barro.

O carro abre-alas da Unidos da Tijuca, "Desembarque real", trouxe uma corte com reis e rainhas de vários países chegando para a festa de coroação do rei do sertão, com destaques para Carla Horta, de realeza do cangaço, e João Helder, o cangaceiro real.

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A família do rei do baião estava representada por Rosinha, única filha de Gonzagão, e por Daniel Gonzaga, filho de Gonzaguinha.

O dia foi de comemoração extra para Marquinhos e Giovanna, primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira, que completam este ano vinte carnavais dançando juntos.



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O carro alegórico de Mestre Vitalino, totalmente em cor de barro, reproduzia uma casa de pau a pique.


A Asa Branca, um dos maiores sucessos de Luiz Gonzaga, foi lembrada no centenário no último carro da escola, com três bolos gigantes com rádios que representavam o sucesso que o compositor fez pelo país.


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O desfile mostrou também a Missa do Vaqueiro e as festas juninas no Nordeste. No último carro, a escola de samba carioca mostrou a coroação do Rei do Baião. Um sanfoneiro, o destaque Nino, erguido no alto do carro, representou Luiz Gonzaga e um bolo comemorou os cem anos de nascimento desse pernambucano nascido em Exu, município do Sertão do estado. E outra surpresa: pássaros brancos humanos, de movimentos prefeitos, saíam de dentro da alegoria para personalizar a canção do homenageado.



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