Da
Agência Brasil
O
texto da Lei Geral da Copa prevê que durante os jogos da Copa do Mundo e da
Copa das Confederações será permitida venda e o consumo de bebidas alcoólicas.
A Lei Geral da Copa será votada no plenário da Câmara amanhã (7).
O
texto foi aprovado hoje (6) na comissão especial criada para analisar o projeto
de lei. Atualmente, o Estatuto do Torcedor proíbe o uso de álcool pelos
torcedores por causa dos constantes episódios de violência nos eventos
esportivos.
A
retirara da lei da permissão para a venda de bebidas alcoólicas nos estádios
durante os jogos das duas copas foi o destaque que causou mais polêmica. Essa
emenda proposta pelo PPS foi rejeitada pela maioria dos integrantes da
comissão.
Para
que a aprovação do projeto de Lei Geral da Copa ocorra sem maiores sobressaltos
para o governo, a comissão especial analisou dez destaques que pretendiam
alterar o texto. No entanto, só um deles foi aprovado. A emenda trata das
regras para retransmissão de imagens dos jogos, entrevistas e outros eventos
relacionados à competição.
Além
da questão da bebida alcoólica, também ficou resolvido o impasse acerca dos
ingressos que serão vendidos em meia entrada. “A meia-entrada está garantida
para os idosos em todas as categorias e para os estudantes na categoria 4. Os
estudantes têm um pleito de estender para a categoria 3, mas eu não consegui
isso com a Fifa [Federação Internacional de Futebol]. A Fifa alega que não
assumiu esse compromisso com o Brasil e que não tem essa responsabilidade”,
explicou o relator Vicente Cândido.
Os
300 mil ingressos da categoria 4 são os destinados preferencialmente para
idosos e estudantes. Eles terão preço de US$ 50 e poderão ser adquiridos por
US$ 25. Os ingressos da categoria 3 serão um pouco mais caros e não haverá
reservas deles para nenhum grupo.
O
líder do governo na Câmara, deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), está confiante
que o texto definido pela comissão será aprovado em plenário sem problemas. Na
opinião dele, o desconforto provocado pelas declarações do secretário-geral da
Fifa, Jérôme Valcke, não causará distúrbios na votação. “Isso não interfere no
processo legislativo”, declarou Vaccarezza.
Mais
cedo, os líderes da base aliada haviam decidido em reunião com o presidente da
comissão, deputado Renan Filho (PMDB-AL) e com o relator, deputado Vicente
Cândido (PT-SP), que o projeto ocuparia o espaço deixado pelo Código Florestal,
cuja votação ficou para a próxima semana.
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