Do G1 PE
Torre do Zeppelin (Foto: Divulgação/Fernando Silva)
Três monumentos localizados no bairro do Jiquiá, Zona Oeste do Recife, serão restaurados: a Torre do Zeppelin e dois paióis construídos durante a II Guerra Mundial. A ordem de serviço para o início dos trabalhos foi assinada nesta sexta-feira (16) pelo prefeito do Recife, João da Costa. A obra vai custar R$ 5,7 milhões e prevê ainda uma pesquisa arqueológica na área, realizada pelo Departamento de Arqueologia da Universidade Federal de Pernambuco. A conclusão está prevista para setembro.
Os recursos são do governo federal, mas a prefeitura assume a contrapartida de ministrar um curso de qualificação profissional para 25 jovens que estarão envolvidos no projeto de restauração e moram no entorno. As aulas serão ministradas no local por Jobson Figueiredo, responsável pelas restaurações.
“A torre se constitui como patrimônio único no mundo. Representa o avanço científico e tecnológico que foi o Zeppelin para a década de 30 e é uma memória viva da arquitetura do início do século XX, que encurtou pela metade a distância entre a Europa e o Brasil”, afirma José Bertotti, secretário de Ciência, Tecnologia e Desenvolvimento Econômico da prefeitura. “O monumento pertencia à Caixa Econômica Federal e foi tombado pela Fundarpe em 1984. Quando a prefeitura comprou, em 2006, ele estava para cair. Foi feito um processo de estabilização e projetos e regulamentação da área de proteção ambiental”, explica Bertotti.
A obra vai respeitar o projeto arquitetônico original da segunda torre de atracação que o Recife teve. Isso significa que, quando pronto, o monumento vai ficar com o dobro do tamanho que tem hoje. Segundo Bertotti, a torre era telescópica, usava mecanismo pneumático para subir até 24 metros de altura e encontrar, em seu ponto mais alto, com o bico do dirigível, que tinha 127 metros de comprimento. “O Zeppelin maior aportou pela ultima vez no Recife em 1937 e foi a Nova Jérsei, nos Estados Unidos, onde houve acidente fatal causado pelo gás usado na época, o hidrogênio, altamente inflamável”, afirma o secretário.
Parque
O projeto prevê a construção, no local, de um parque científico e cultural com 35 hectares que terá o mesmo nome do bairro. O parque ficará a 5 km de distância do Marco Zero do Recife e contará ainda com planetário, relógio de sol, museu de ciências, memorial do zeppelin, escola de educação ambiental, memorial dos cientistas notáveis, herbário; viveiro de mudas de plantas; centro vocacional tecnológico da indústria criativa; e refinaria multicultural.
Os objetos que a prospecção arqueológica encontrar farão parte do acervo do Museu do Zeppelin. Contratada por meio de licitação, a PoliConsult fará os traços do futuro parque, que deve custar R$ 1,3 milhão, provenientes do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, do Governo do Estado e da Prefeitura do Recife. O prazo para a entrega dos projetos é de seis meses.
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