Do Blog do Torcedor
Em uma
partida muito fraca tecnica e taticamente, com duas equipes sem grandes
momentos de inspiração, o Ypiranga venceu o Santa Cruz no seu estádio, o Otávio
Limeira, em Santa Cruz
do Capibaribe pelo placar de 1x0, graças a um erro de arbitragem.
O Santa,
com a derrota, permanece fora do G4, na 5ª posição, com 20 pontos, enquanto o
Ypiranga, após a vitória, continua na 6ª posição e agora está a apenas dois
pontos do G4, com 19.
As duas
equipes começaram a partida se estudando e arriscando pouco. Após os primeiros
5 minutos, o Ypiranga se lançou ao ataque e chegou com perigo algumas vezes,
enquanto o tricolor produziu muito pouco em termos de ofensividade. A marcação
também não foi bem no início e deu muitos espaços para os meias do Ypiranga.
A Máquina
de Costura, no entanto, mesmo pressionando, não se afobou e anulou as peças
criativas corais. Com uma marcação bem adiantada, o Santa Cruz gastava sua
posse de bola em passes da intermediária adversária para trás. Os ataques se
resumiram basicamente a bolas alçadas na área para Dênis Marques e o pequenino
Carlinhos Bala, que não levaram vantagem sobre a boa defesa do Ypiranga.
O time do
agreste tocava fácil e chegava com certa facilidade à frente da área tricolor,
mas com chutes sem perigo. Os laterais também fizeram algumas jogadas de
ultrapassagens e cruzaram algumas boas bolas, mas a defesa tricolor foi bem no
jogo aéreo.
Aos 20
minutos, a partida resumia-se a passes perdidos de um lado e do outro num jogo
extremamente monótono. Um dos poucos lances de perigo real por parte do Santa
Cruz, foi um chute de Léo de fora da área, que desviou na zaga e assustou o
goleiro Geday.
Se por um
lado o Ypiranga respeitava demais o Tricolor, que vinha de uma sonora goleada
por 6x0 contra o Petrolina na última rodada, o Santa Cruz não soube se impor
como equipe grande. Os passes errados e a falta de objetividade das equipes fez
do jogo uma partida muito fraca tecnicamente.
Se algo
pôde ser destacado positivamente nesta primeira etapa, foram os setores
defensivos das duas equipes, que não deixaram os adversários criarem quaisquer
situações perigosas.
A apatia
foi a marca do jogo, com raras jogadas lúcidas de criação de ambos os lados. As
maiores expectativas do Santa Cruz eram as bolas paradas, mas os escanteios e
faltas foram muito mal aproveitados. Pelo lado do Ypiranga, as tentativas
vieram através de contraataques sem perigo.
Aos 40,
uma bela triangulação Otacílio invadiu a área e foi desarmado pela defesa
coral. Aos 44, o Ypiranga adiantou ainda mais a marcação e esboçou uma pressão,
mas o primeiro tempo terminou sem maiores novidades. O torcedor que não se
irritou com a apresentação das equipes, provavelmente dormiu durante os
primeiros 45 minutos.
SEGUNDO TEMPO
Logo nos
dois minutos da segunda etapa, Danilo Lins deixou Ludemar de cara pro gol, que
cortou Diego Lima e bateu, mas o goleiro havia se recuperado e rebatido a
finalização. O lance, no entanto, não valia mais nada, o atacante do Ypiranga
se encontrava em posição de impedimento.
Aos sete,
o santa responde com uma falta perigosa cobrada por Léo, mas Geday espalma bem.
O jogo
ganhou em velocidade, as equipes parecia mais dispostas, mas a produtividade
ainda era muito pobre. O Santa tentou avançar o time, mas deixou espaços para
as contrainvestidas do Ypiranga, que insistia em jogar pelas laterais.
O ataque
coral começou a se movimentar mais, dando opções para Weslley e Léo, que
passaram a criar mais. Diogo e Dutra continuaram completamente apagados em campo. Tanto
estiveram mal, que Dutra deu lugar a Geílson. Renatinho voltou à sua posição de
origem.
Com a
alteração, Zé Teodoro passou a atuar com três atacantes, mas esqueceu que
precisaria de criatividade para que a bola chegasse ao trio de ataque.
Aos 26
minutos, numa bela jogada pela lateral, Danilo Lins invadiu a área e bateu,
Diego Lima bateu para o gol e Diego Lima fez grande defesa, no rebote, o
lateral tricolor Diogo derrubou o atacante do Ypiranga e Sebastião Rufino Filho
apontou para a marca da cal. O próprio Danilo bateu, no centro do gol e abriu o
placar para o Ypiranga, aos 26 minutos da etapa final.
Zé
Teodoro queimou sua última substituição, retirando Diogo de campo, e recuando
Weslley para a lateral e perdendo mais um homem de criação.
A equipe
do agreste aproveitou a desorganização tática tricolor e passou a atacar com
mais veêmencia, principalmente pelas pontas, o que segurou ainda mais Renatinho
e Weslley. O Santa Cruz, a essa altura, não reagia, defendia mal e não possuía
uma estrutura tática definida. Nas poucas vezes que chegou ao ataque, o
Tricolor d Arruda perdeu o confronto com a defesa do Ypiranga, que investia em
rápidos contraataques.
Aos 44
minutos, num último suspiro, em uma bola alçada na área, Geílson cabeceou,
Geday espalmou e Dênis Marques mandou para o fundo das redes. O assistente
marcou errôneamente um impedimento e Sebastião Rufino Filho corroborou o erro
de Ubirajara Ferraz e anulou o gol legítimo que salvaria a péssima atuação do
Santa Cruz.
FICHA DA PARTIDA - Ypiranga 1x0
Santa Cruz
Ypiranga: Geday; Tigrão (Adelino), Lúcio,
Neto e Jaime (Marcos Mendes); André Lima, Jair, Júlio Terceiro e Otacílio;
Danilo Lins e Ludemar (Ila).
Técnico:
Reginaldo Souza
Santa Cruz: Diego Lima, Diogo (Luciano
Henrique), Leandro Souza, William e Dutra (Geílson); Memo, Léo, Renatinho e
Weslley; Carlinhos Bala (Flávio Recife) e Dênis Marques.
Técnico:
Zé Teodoro
Local: Otávio Limeira Árbitro: Sebastião
Rufino Filho. Assistentes: Erich Bnadeira e Ubirajara Ferraz. Gol: Danilo Lins
(26 minutos do segundo tempo) Amarelos: Marcos Mendes, Ludemar e Otacílio para
o Ypiranga; Dênis Marques, Weslley, Diogo e Flávio Recife para o Santa Cruz.

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