segunda-feira, 5 de março de 2012

SÃO VICENTE FÉRRER, EM PE, COMEÇA A SE DESTACAR NA PRODUÇÃO DE UVA

Do G1 PE
imagem: g1.globo.com
A produção de uva no Vale do São Francisco, no Sertão de Pernambuco, é famosa em todo o Brasil. Porém, outro município do estado, São Vicente Férrer, que fica no Agreste, distante 110 quilômetros dos Recife, está se destacando nesse tipo de cultura.

O cultivo de banana ainda é a principal atividade econômica da localidade. As plantações chegam a cobrir uma área de 4,5 mil hectares, o equivalente a 4,5 mil campos de futebol. Mas, aos poucos, os parreirais estão ganhando muitas áreas na Zona Rural do município.

A variedade de uva produzida em São Vicente Férrer é a Isabel. Quando brota, ela é verde. Madura, vira uma uva pequena de cor violeta e doce. Dizem que o nome foi uma homenagem à princesa Isabel. A atividade agrícola chegou à cidade ainda na década de 40 do século 20.


A produção sempre foi pequena, mas tem se desenvolvido como agricultura familiar, empregando hoje cerca de 2,5 mil pessoas. Cada hectare chega a produzir 15 toneladas de uva. O produtor Manoel Vicente começou a cultivar uva trabalhando com o pai. Hoje, produz em três hectares. "Comecei em 1995 e continuo até hoje", disse.


Graças ao sol e ao clima ameno, os produtores conseguem duas safras por ano, alcançando uma média anual de 15 mil toneladas. É uma produção pequena, se comparada com a do Vale do São Francisco, que passa de 200 mil toneladas. Mas tem sido de grande importância para a economia local.

Para conseguir tirar melhor rendimento da área cultivada, os produtores contam com a assistência técnica do Instituto Agronômico de Pernambuco (Ipa). “Nós estamos orientando no sentido de fazer a poda, preparar o solo, adubar, fazer as defesas e outros cuidados diários”, explicou o técnico do IPA José Vasconcelos de Souza.

Tem produtor de São Vicente Férrer que está tentando obter um lucro maior com a uva Isabel. É o caso de Pedro Coutinho, que montou uma câmara frigorífica para armazenar as uvas menores, que não teriam espaço nas gôndolas dos supermercados. "As que têm um cacho maior vão para o supermercado. As outras são vendidas para um produtor de polpa de fruta", falou.

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