Mulher está aguardando homologação da lei do STF para retirar feto anencéfalo |
A decisão do Supremo Tribunal
Federal (STF) de legalizar a interrupção da gravidez no caso de fetos
anencéfalos reacendeu a esperança de uma mãe pernambucana, que pode ser a
primeira mulher do estado a viver a experiência por decisão própria, sem a
autorização do juiz.
Aos 30 anos de idade, a camareira, que teve a identidade
preservada, recebeu a notícia da primeira gravidez. Junto à descoberta, vieram
os planos dela, da família e dos amigos. Mas, depois de 16 semanas de gestação,
o diagnóstico de anencefalia foi recebido com tristeza e decepção por todos.
Depois de conversas com familiares, a mãe decidiu interromper a gravidez.
Desde
a última semana ela espera um parecer judicial. Porém, caso a nova lei que
prevê o aborto legal seja homologada no Diário de Justiça na próxima
segunda-feira, ela já estará apta a realizar o procedimento.
A mãe sabe que pode ser um marco
no País e está certa da decisão. “Se eu pudesse, eu teria tirado a criança no
dia em que soube da doença. É uma situação de muito sofrimento para a mãe. Eu
quero resolver tudo o mais rápido possível. Com a aprovação dessa lei, espero
que não demore tanto tempo”, disse. Caso a decisão seja publicada no Diário de
Justiça já na segunda-feira, ela se diz pronta para a cirurgia. “Eu não tenho
dúvidas que vai ser o melhor. Além da minha dor depois dessa escolha, estou
enfrentando muita burocracia. Tudo parece pior, mas tenho o apoio da minha
família e quero engravidar novamente”, comentou. No caso da camareira, o
procedimento, que será realizado em uma maternidade pública da Zona Norte do
Recife, começará com a indução do parto por medicamento, seguida da curetagem.
Nas três maternidades da rede
municipal de Saúde do Recife devem ser realizadas ainda na próxima semana
capacitações com os profissionais acerca da nova lei.
Mas, apesar da decisão do STF, o
médico obstetra ainda tem garantido o direito de se negar a realizar o aborto
legal. Segundo o ginecologista e vice-presidente da Febrasgo, Olímpio Moraes,
nesses casos, há o conflito de dois direitos. “Nós temos o direito de qualquer
humano, da objeção de consciência, quando o médico, por algum motivo pessoal,
opta por não fazer o procedimento. Mas, ao mesmo tempo, temos o direito à
saúde, que também é de todos”, explicou.
Segundo Moraes, apenas os
obstetras podem se recusar a realizar o aborto e, somente em casos que não
envolvam a urgência e o risco de morte. “Anestesistas, enfermeiros,
circulantes, todos aqueles que têm relação paralela com o procedimento não
podem se recusar a fazê-lo. Os obstetras também não podem se recusar nos casos
em que a mãe, por uma cardiopatia, hipertensão, derrame, ou outro agravante,
corra risco de morte”, frisou.
13 comentários:
vcs que fazem o blog deveriam filtrar as informações repassadas, o fato do STF "decidir" (equivocadamrnte que uma criança pode ser asassinada ni ventre da mãe)não faz dessa decisão uma lei.
Saibam os senhores que Lei é ato ordinário do Congresso nacional e Câmaras dos Deputados Vereadores.
Essa mulher fala em dor?
ora, dor é a da criançça que sera morta por elea e pelos acougeuiros médicos.
Hipocrita,você combate o aborto e ao mesmo tempo defende a pena de morte.
Q
ual a diferença ente interromper uma vida dentro do utero ou depois que é formada e nascida?
Eu sou contra as duas coisas, pena de morte e aborto é a mesma coisa, interromper uma vida dada por Deus.
Quem somos nós para decidir quem vive ou quem merece morrer?
vc me chame de hipocrita, porem eu te considero um idiota;
marat um bebê inocente é uma coisa, ja eliminar um bandidi que só faz mal a sociedade é outra.
Se vc na sua idiotice lesse a Bíblia veria que o próprio Deus nunca foicontra a pena de morte (se é que vc sabe ler,né);
por acasso v sabe o que é hipocrisia? sei sentido?kkkk duvido.
um ser que não distingue entre um bandido contumaz e uma criança inocente deveria fazer i favor se não postar verborragias, mas sim se calar.
Tenho dívidas se vc distingue entre ser ou não ser gente.
sabia que o quadrado não é um círculo?
que uma reta não possui ondulações
que o branco não é negro?
que sim é sim, e que não é não?
se nao sabe amigp cala a bocaaaaaaaaaa! abraços!
Se vc não sabe a difernça entre matar um assassini e uma criança,pasciencia: que culpa eu tenho pela sua ignorância!?
vc estudou lógica alguam vez na sua vida?
Sabia que Deus mandou pasar a fio de espada os filisteus? Há ja sei vc nunca leu a Bíblia...
VC sabia que nenhum santo jamais condenou a pena de morte?
VC sabia que nas cruzadas os santos rendiam gloria a Deus para que os cristãos católicos vencessem-matassem- os sarracenos?
vc já ouviu falar em legitima defesa do Estado em favor de seus cidadãos?
cala a boca jumento! (que os jumentos me perdoem)
De: Fernanda
Enviada em: Quinta-feira, 15 de maio de 2003
Localidade: Rio de Janeiro, RJ
Olá Professor Orlando, sou estudante de jornalismo da PUC-Rio e estou cursando uma disciplina de jornalismo internacional. Nessa disciplina tenho que fazer uma matéria sobre pena de morte. Levando em consideração que o senhor tem uma opinião a favor da pena de morte, gostaria de saber se o senhor se incomodaria de responder algumas perguntas?
De qualquer forma, já estou enviando as perguntas:
1) Baseado na Bíblia, o senhor se diz a favor da pena de morte. O que diz a Bíblia que comprove isto?
2) Um estudo feito nos Estados Unidos comprova que os negros são muito mais condenados a morte do que os brancos, na mesma situação. O que o senhor acha disso?
3) O estudo diz ainda que uma pessoa que assassina um branco tem seis vezes mais chances de ser condenada a morte do que a que assassina um negro.
4) Já tiveram vários casos em que depois de morto, for provado que o condenado era inocente. Nesse caso, o que diz a Bíblia? E você?
5) Você não acredita que há outros meios mais eficientes de se punir um criminoso, como a prisão perpétua, por exemplo? Afinal, não somos os criadores, não devemos tirar a vida de ninguém.
É isso, aguardo ansiosamente uma resposta.
Desde já, obrigada.
Fernanda
Prezada Fernanda, salve Maria.
Tenho muito prazer em atender às suas perguntas sobre a pena de morte.
Devo lembrá-la que não tenho "opinião" sobre a pena de morte. Sigo o que Deus e a Igreja Católica ensinam sobre isso.
1- A resposta à primeira pergunta você pode encontrá-la no site Montfort, onde tratei disso, em muitas cartas e artigos, nos quais você achará as citações da Bíblia favoráveis à pena de morte, quer no Antigo Testamento, quer no Novo, nas palavras de Cristo. Cito-lhe, para atendê-la apenas uma frase de Cristo, no Apocalipse: "Quem matar à espada importa que seja morto à espada" (Apoc. XIII, 10).
Recomendo-lhe que veja especialmente meu debate com o jurista Sr. Bicudo, vice prefeito de São Paulo, assim como uma carta intitulada "Meu primo Maxililiano".
2-Quanto à segunda pergunta, se essa estatística for verdadeira ela prova uma injustiça dos tribunais americanos, e não que a pena de morte seja ilícita em si mesma. O argumento é um sofisma demagógico.
Também em Roma antiga a pena de morte foi aplicada injustamente aos cristãos. E nem por isso, a pena de morte em si mesma, passou a ser injusta. Apenas é injusto aplicá-la a inocentes.
3- De novo um sofisma que, em vez de discutir a pena de morte, desvia o assunto para o racismo americano. Este é outro assunto.
4 - A Bíblia diz que condenar -- de propósito -- um inocente à morte é tão injusto, quanto deixar de punir um criminoso.
Você deve conhecer o axioma jurídico: "Abusus non tollit usum'" O abuso não anula o uso. Pode-se abusar da mão ou da escrita. Isso não torna proibido o uso da mão nem o direito de escrever.
O abuso da pena de morte, não a torna ilegítima.
Qualquer tribunal pode errar. Mas um erro sem intenção não legítima a abolição da pena de morte. Se um erro possível tornasse ilegítima uma pena, também não se poderia condenar ninguém à prisão, porque há sempre possibilidade de erro. Houve inúmeros casos em que a pena de prisão foi dada a inocentes. Nem por isso, a condenação a prisão deve ser proibida.
5 - Minha cara, a pena máxima não pode ser a prisão perpétua, porque ela daria ao condenado a possibilidade de matar um colega de cárcere, ou um vigilante, sem poder ser punido.
Que pena se daria a um condenado à prisão perpétua que matasse um companheiro de cárcere?
Mais trinta anos de cadeia a acrescentar à perpetuidade de sua pena?
O caso do tal Fernadinho Beira Mar demonstra a inutilidade da prisão perpétua. Ele continua dirigindo o crime organizado lá de dentro de sua prisão, e não adianta nada aumentar a duração de sua pena. Mesmo que ele fosse condenado à prisão perpétua, ele continuaria dirigindo o crime desde a cadeia. E aí?
Há casos que só a pena de morte é a punição necessária e justa. A pena máxima deve ser a perda do bem natural máximo. E o máximo bem natural que temos é a vida.
E seu argumento que não devemos tirar a vida de ninguém é falso, pois quem tira a vida do criminoso não somos nós individualmente, e sim a sociedade enquanto tal que o faz.
É o poder da sociedade que vem de Deus e não do povo, que tira a vida de um criminoso. E Deus pode tirar a vida. Por isso Cristo disse a Pilatos que ele tinha o poder de condenar à morte, porque esse poder lhe fora dado do alto: "Não terias esse poder se não te fosse dado pelo alto" (Jo XIX, 11).
O todo vale mais que a parte. Se a parte ameaça o todo, o todo tem o direito de eliminar a parte que a ameaça. Assim, o corpo (todo) é mais que a mão (parte). Se alguém tem câncer na mão (parte), câncer que ameaça a vida do corpo todo, há direito de amputar a mão, para salvar o todo. Assim, o criminoso é parte da sociedade. E se, com seus crimes, ele ameaça a vida da sociedade, esta tem o direito de eliminar a parte (o criminoso), para salvar o todo (a sociedade).
E este argumento é de São Tomás de Aquino.
Por fim, a não punição dos criminosos faz com que o crime se alastre. O crime é contagioso como a peste. E isto é o que estamos vivendo aqui, no Brasil, hoje: os criminosos não são punidos, e o crime se alastra.
In Corde Jesu, semper,
Orlando Fedeli
Legitimidade da Pena de Morte
De: Edison
Enviada em: 26.01.02
Este é um tema polêmico e acho que o maior argumento contra a Pena de Morte é que não se pode adotar a lei do "olho por olho e dente por dente", que estava presente no antigo testamento, mas que foi banida por Cristo, no Novo Testamento.
É por isto que não se deve adotar a Pena de Morte, porque a sociedade se materializa, esfria os bons e ternos sentimentos do amor simples e desinteressado do tipo: sorriso de criança ou dos nossos irmãos nordestinos. Vemos nos EUA exemplos de cidadãos que frequentemente saem atirando contra população inocente, e fora do país fazendo terrorismo contra terrorismo, agremiações extremistas que não só matam fisicamente mas que discriminam minorias de todas as maneiras, etc...
A Pena de Morte é culpada disto? Não. Foi o contrário. Somente um povo cuja base de cultura é o Antigo Testamento ou outros testamentos sem o Cristo é que podem adotar a Pena de Morte ou penas duras como nos países que adotam a cultura do Alcorão onde decepam as mãos dos ladrões, matam em nome de Deus e praticam ignomínias contra a minoria feminina.
Quando se dá exemplos que diminuiu a criminalidade em Nova Yorque sabemos que não foi por causa da Pena de Morte e sim por causa de trabalhos recentes (há uns dez anos) de dois valorosos policiais ( que vieram até ao Brasil a convite do Mário Covas) que implantaram um trabalho magnífico.
Sabemos que a violência não se extermina com medidas unilaterais como Pena de Morte e reaparelhamento policial, porque o problema está alicerçado em toda forma de injustiça, intolerância, falta de diálogo, falta de perdão e de solidariedade.
Ou seja, a solução do problema tem um pé na minha casa também.
Mas em termos político-sociais a solução do problema está mais na melhor distribuição da renda, na educação, na aculturação ou revolução cultural e na derrocada da corrupção em todos os meios, sob todas as formas, do que em medidas expúrias, isoladas, normalmente caríssimas e que acabam não dando resultado.
O rearmamento e reaparelhamento da polícia poderão cair nas mãos dos bandidos que agora estão poderosos e superorganizados, nas mãos de policiais, delegados e juízes corruptos se não se tomarmos outras medidas fundamentais.
Conheço um bom administrador que diz o seguinte: sabe qual é a maior virtude ou qualidade de um executivo, ou, um bom profissional? Resposta: a Integridade, em todos os sentidos, porque a motivação, a capacidade, a experiência que são as qualidades seguintes nada significam, ou melhor, ainda pioram o quadro se o profissional não for "Inteiramente Integro" o que significa que é aquele que manda o filhinho devolver o alfinete que ele trouxe da casa do vizinho.
Abraços, Edison
Resposta
Prezado Edison, Salve Maria.
Queria agradecer sua carta, porque ela resume tão bem os sofismas correntes sobre o problema da criminalidade, da violência e da pena de morte, que me permitirá, não tanto responder a você, e sim responder a todos os que repetem esses slogans sem base, que a mídia enfia nas cabeças vazias dos ouvintes e leitores.
A mídia só, não. Os sermões e as aulas também. Repito: não vou responder a você pessoalmente. Não tome, pois, o que digo, como dirigido a você pessoalmente.
Antes, quero parabenizá-lo por sua capacidade de absorver slogans. Você não deixou escapar um só dos que se repetem, ad nauseam, nos microfones, vídeos e etc.
Responderei a todos eles, ainda que isto alongue minha carta. O primeiro "argumento" de sua carta trata da lei de talião: olho por olho, dente por dente. Os povos bárbaros -- e muitas pessoas do século XX, mesmo diplomadas -- entendiam essa lei materialmente. E, por isso, se alguém arrancava um dente do vizinho, tinha que ser punido, tendo arrancado, de si, o mesmo dente... O que acarretaria a impunidade dos banguelas, caso eles cometessem uma agressão que redundasse no arrancamento de um dente de um colega. Meu caro, a pena de talião, entendida assim materialmente é, sim, um absurdo próprio de bárbaros. E é brutal. Era a maneira bárbara e brutal de aplicar o princípio de que, na justiça, deve haver uma proporção entre o crime cometido e o castigo aplicado. Cristo nunca se referiu à pena de talião, nem muito menos defendeu a tese absurda de que não deva haver proporção entre o crime e a pena que o pune. Pelo contrário, Cristo afirmou o princípio de que "A quem muito foi dado, muito será pedido".
Onde é que você leu, nos Evangelhos, a frase em que Cristo abole a proporção entre crime e castigo? Onde você leu que Cristo foi contra a pena de morte? Procure bem, no Evangelho, onde Cristo condena a pena de morte. Você não vai achar essa frase, porque ela não existe. E não adianta pedir a ajuda de seu vigário para fazer a pesquisa, porque ele também não vai achá-la.
E se esse vigário for adepto da Teologia da Libertação, ou discípulo de Dom Arns, defensor dos Direitos ditos humanos, ele, que condena com enérgica demagogia a pena de morte, muito provavelmente se calará, quando essa mesma pena de morte é aplicada por Fidel a seus oponentes, por motivos políticos. Incoerências dos defensores dos direitos desumanos...
Dom Arns era contra a pena de morte, mas chamava o tirano de Cuba, que assassinou tantos no paredón, de "Meu queridíssimo Fidel"... Dizia-lhe eu que você não encontrará no Novo Testamento nenhuma frase de Cristo contra a pena de morte. Mas achará várias a favor.
Por exemplo, Jesus disse, no Apocalipse: "Quem matar à espada, importa que seja morto à espada" (Apoc. XIII, 10). Bem claro, não é?
Uma vez, num debate com o Dr. Hélio Bicudo, ilustre Vice Prefeito de São Paulo -- aliás um amigo de Dom Arns -- quando eu lhe citei essa frase de Nosso Senhor, no Apocalipse, para desvalorizar o argumento, o Sr. Vice Prefeito afirmou que o Apocalipse não era de autoria de Jesus Cristo. Era de São João. Ora, o Apocalipse começa com as seguintes palavras: "Apocalipse (Revelação) de Jesus Cristo..." (Apoc. I, 1). São João foi o redator, e não o autor do Apocalipse. Dr. Bicudo -- que é apresentado como jurista -- aprendeu esse sofisma de algum padre progressista, contrário à pena de morte. Mas não quando ela é aplicada por Fidel...
Por exemplo, Jesus disse, no Apocalipse: "Quem matar à espada, importa que seja morto à espada" (Apoc. XIII, 10). Bem claro, não é?
Uma vez, num debate com o Dr. Hélio Bicudo, ilustre Vice Prefeito de São Paulo -- aliás um amigo de Dom Arns -- quando eu lhe citei essa frase de Nosso Senhor, no Apocalipse, para desvalorizar o argumento, o Sr. Vice Prefeito afirmou que o Apocalipse não era de autoria de Jesus Cristo. Era de São João. Ora, o Apocalipse começa com as seguintes palavras: "Apocalipse (Revelação) de Jesus Cristo..." (Apoc. I, 1). São João foi o redator, e não o autor do Apocalipse. Dr. Bicudo -- que é apresentado como jurista -- aprendeu esse sofisma de algum padre progressista, contrário à pena de morte. Mas não quando ela é aplicada por Fidel...
Segundo esse alto raciocínio de Dr. Bicudo, o autor de um livro seria, não o escritor que o concebe e compõe, mas o digitador do texto no computador. Brilhante Dr. Bicudo!
Quer outra frase de Cristo defendendo a aplicação da pena de morte? Vá lá. "Pedro, mete a espada na bainha, porque quem com o ferro fere, com o ferro será ferido" (Mt. XXVI, 52 ). Repare que Cristo não mandou Pedro jogar fora a espada, como se ela fosse um instrumento pouco educativo e pouco justiceiro, ou porque machuca. Mandou que Pedro guardasse a espada. Guardar para que? Guardar para quando? Guardar para punir com a espada, quem ferisse com a espada. Guardar para quando Pedro se tornasse, efetivamente, o Vigário de Cristo, o representante de Cristo na Terra, depois que Cristo fosse para o céu. O Papa tem o poder e o direito de mandar aplicar a sentença de morte.
Está assustado? Pois sente-se e, depois de tomar um copo d'água, leia mais esta outra frase de Cristo, aprovando a pena de morte. Quando Pilatos julgava a Jesus, o Pretor romano disse-Lhe: "Tu não me respondes? Não sabes que tenho poder para te soltar, e também para te crucificar?" (Jo. XIX, 10). Ao que Cristo respondeu: "Tu não terias poder algum sobre mim, se não te fosse dado do alto" (Jo. XIX, 11). Portanto, Cristo reconheceu que Pilatos tinha poder de condenar à morte, e que esse poder lhe vinha de Deus, e não do povo, como se diz hoje. Todo poder vem de Deus.
E quando morria na cruz, com Cristo, o bom ladrão disse ao mau ladrão: "Nós recebemos o justo castigo de nossas ações [a morte] enquanto este é inocente". Portanto, o bom ladrão reconheceu que merecia a pena de morte e Cristo, logo em seguida, o aprovou. Portanto, não sei de que Novo Testamento você tirou a idéia de que Cristo baniu a pena de morte do Novo Testamento. Isso é completamente falso, embora isso seja comumente repetido até por padres, que parece terem pouco lido os Evangelhos... Até aqui respondi apenas duas linhas de sua carta. Um sofisma se escreve com poucas palavras, mas exige uma página de explicações. E, às vezes, exige um livro.
Na terceira linha de sua carta, você argumenta que a pena de morte não deve ser aplicada, porque "a sociedade se materializa". Meu caro, quanto mais materializada uma pessoa ou uma sociedade, mais ela não compreende castigos morais, e mais ela precisa de castigos materiais.
Portanto, se nossa sociedade é materialista -- e ela o é -- então é motivo a mais para que se usem castigos materiais. E isto basta para a sua terceira linha, para o seu segundo sofisma. Mas a continuação dessa terceira linha indica que você guardou na memória algum sermão dominical romântico, que foi posto por você em sua carta sem relação lógica com o texto em que está inserido. De fato, escreveu-me você:
"porque a sociedade se materializa, esfria os bons e ternos sentimentos do amor simples e desinteressado do tipo: sorriso de criança ou dos nossos irmãos nordestinos".
E a ilogicidade da seqüência me impediu de ficar desvanecido, ou arrepiado, com o "sorriso da criança", ou com o tal "amor simples". Meu caro, que tem a ver esse sorriso e esse "amor" sentimental com o problema da pena de morte? E do desvanecente "sorriso da criança", e do arrepiante "amor simples", você passa para os crimes amalucados dos USA e para a represália americana ao terrorismo de Bin Laden. Ora, o Vaticano comentou que os USA tinham direito de responder ao ataque sofrido. Ou você afirma que alguém que se defende do terrorismo é também terrorista? Quem afirma essa tese esdrúxula são os comunistas e marxistas. Para eles, quando os comunistas invadem fazendas, assaltam ou raptam um embaixador americano ou um dono de supermercado, isso é legítimo e heróico. Mas quando se reage a eles, é terrorismo e violência. Quem defende isso, e quem fala assim? Lendo a sua carta, até adivinho que emissora, e que programa de rádio você ouve... Mude de estação. Troque de programa. Arranje outro slogan.
E leia que "pasticcio" você me envia pela internet:
"Somente um povo cuja base de cultura é o Antigo Testamento ou outros testamentos sem o Cristo é que podem adotar a Pena de Morte ou penas duras como nos países que adotam a cultura do Alcorão onde decepam as mãos dos ladrões, matam em nome de Deus e praticam ignomínias contra a minoria feminina".
Que é isso, meu caro? Onde encontrou você tantos Testamentos? E que bagunça é essa de misturar o Corão com todo esse problema? Sem dúvida, a grande erudição midiânica se acumulou em seu pensamento, misturando slogans variados, sem relação uns com os outros. Daí você misturar pena de morte, testamento, Alcorão, feminismo...
Não há dúvida: já sei que emissora você ouve. É uma emissora de uma nota só: vermelha. E você me garante que a queda da criminalidade em Nova York foi fruto de métodos policiais, que foram aplicados também em São Paulo por um Governador, já falecido, cuja política de não punição e de defesa dos chamados Direitos Humanos é universalmente tida como responsável pelo imenso crescimento da criminalidade em São Paulo. Hoje, quem manda na cidade são os bandidos. E ninguém tem força para punir ninguém. No parágrafo seguinte, você me brinda com uma afirmação curiosíssima, ao dizer que a pena de morte é uma "medida unilateral" e que, por isso, ela não é eficaz. Para provar que não estou treslendo sua carta, cito o que você escreveu:
"Sabemos que a violência não se extermina com medidas unilaterais como Pena de Morte".
Que desejaria você? Que a pena de morte fosse bilateral? Isto é, que ela fosse aplicada ao criminoso e à vitima? Mesmo que a vítima tenha morrido?
Quer ver como você coleciona slogans e palavras de ordem sem nenhum conteúdo? Veja esta sua frase:
"o problema está alicerçado em toda forma de injustiça, intolerância, falta de diálogo, falta de perdão e de solidariedade".
Nessa frase, você misturou slogans de sermão de padre progressista: "diálogo, perdão, solidariedade" (a famosa Solidarnosc de Waleska), com teses de lutas de classe, repetidas por certos cronistas de rádio e por alguns professorzinhos de História marxistóides. Você, como muitos, julga que repetindo palavras que todo o mundo usa, soluciona os problemas mais complexos.
Doce e inocente ilusão.
Inocente ? Mais uma prova de que você repete slogans ouvidos e mal digeridos em programas radiofônicos, está na seguinte afirmação sua:
"Mas em termos político-sociais a solução do problema está mais na melhor distribuição da renda, na educação, na aculturação ou revolução cultural e na derrocada da corrupção em todos os meios, sob todas as formas, do que em medidas expúrias, isoladas, normalmente caríssimas e que acabam não dando resultado".
Lendo isso, me pergunto se você não é candidato a vereador. Por isso, para comprovar que não combato sua campanha eleitoral, coloquei até em letra maior esse discurso em que aparecem temas eleitoreiros requentados no molho da luta de classes.
Ia continuar a responder sua argumentação. Mas, vendo que ela desaguou num areal movediço, que conclui com a constatação que a solução do problema da criminalidade é ser "Inteiramente íntegro", só me ocorre perguntar-lhe, se poderia haver solução também em ser "Integralmente inteiro". E, para finalizar, com esta carta, devolvo-lhe o alfinete. O alfinete e os abraços.
In Corde Jesu, semper,
Orlando Fedeli
amigos do blog postei essasa informações aulas do professor orlando Fdeli para que muitos possam se informar sobre tão importante tema.
sugiro que postem materias contra e afavor.
e vamos aos debates.
boa noite.
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