O Náutico se esforçou bastante, porém não conseguiu alcançar
a sua primeira vitória na Série A, ao empatar sem gols com o Cruzeiro, nos
Aflitos. Apesar do equilíbrio durante todo o primeiro tempo, a equipe
alvirrubra foi só pressão durante a maior parte da etapa final, mas abusou de
perder gols. Araújo teve boas chances, mal concluídas. A equipe mineira, com
proposta defensiva, segurou o Náutico muito por conta de faltas cometidas —
mais de 40, com seis cartões amarelos — e teve no goleiro Fábio o seu principal
jogador.
A arbitragem esteve mal no quesito disciplinar. O árbitro
Luiz Flávio Oliveira voltou atrás após expulsar o volante Charles, pelo segundo
cartão amarelo, e transferiu o amarelo para Diego Renan a pedido do assistente
Emerson Augusto de carvalho, em claro equívoco. O zagueiro Victorino também
deveria ter sido expulso, sem falar no rodízio de faltas.
O JOGO
Escaladas com apenas um atacante, as duas equipes começaram
batalhando pela posse de bola no meio de campo. Com ações equilibradas, cada
equipe buscava vencer a forte marcação do adversário. Desde o começo,
percebia-se que Derley estava designado para marcar individualmente Montillo.
Em busca de pressionar o adversário, o Náutico chegou com
perigo em três vezes nos primeiros 15 minutos.
Ronaldo Alves recebeu boa bola de Ramon, mas demorou para
chutar e foi desarmado. Pouco depois, Cléverson roubou a bola do goleiro Fábio,
mas, sem ângulo, cruzou mal para o atacante Araújo.
Aos 12, uma jogada bem trabalhada do Timbu, explorando as
laterais. Auremir recebeu de Cléverson e cruzou da direita; Araújo desviou de
cabeça, e Lúcio soltou um balaço ao lado da meta defendida por Fábio.
O Cruzeiro também buscava o ataque, mas demorou para mandar
a sua primeira finalização no alvo. Aos 23, a defesa alvirrubra afastou mal um
cruzamento, e Souza bateu no canto esquerdo. Gideão faz boa defesa.
Apesar de muito dispostos, os dois times erravam muitos
passes. Em vez de recorer aos chutões e passes longos, faltava colocar a bola
no chão e tocar com consciência.
A arbitragem protagonizou uma verdadeira lambança aos 36
minutos. Araújo foi atingido pelo volante Charles e pelo lateral Diego Renan.
Charles foi o primeiro a acertar as pernas do jogador. O árbitro Luiz Flávio de
Oliveira deu o segundo cartão amarelo a Charles e, consequentemente, o
vermelho. No entanto, após pressão dos jogadores do Cruzeiro, o bandeirinha
Emerson Augusto de Carvalho disse ao juiz que o cartão amarelo deveria ser para
Diego Renan. Assim, a arbitragem erroneamente livrou a expulsão do volante e deu
apenas o amarelo ao lateral.
No fim do primeiro tempo, Diego Renan, aberto na direita,
mandou um chute perigoso que acertou a rede pelo lado de fora.
SEGUNDO TEMPO
As duas equipes tiveram mudanças no intervalo. O Náutico
voltou com Souza e Rhayner nas vagas de Glaydson e Cléverson. Já a Raposa
substituiu Charles, livrado da expulsão, por William Magrão.
Quem cresceu de produção foi o Timbu. O volume de jogo
aumentou, e as chances de abrir o placar foram aparecendo, uma após a outra.
Assim como aconteceu no jogo contra o Figueirense, Araújo se
apresentava, dava opção de passe e levava perigo. Mas não conseguia marcar. Aos
3, recebeu lançamento de Lúcio e, mesmo sem ângulo, bateu cruzado para fora.
Noutro bom passe de Lúcio, tentou o drible e perdeu a bola pra Léo, aos 9. A
terceira bola que Araújo recebeu na área do Cruzeiro foi a mais clara. Cobrança
de falta de Souza o encontrou quase dentro da pequena área. O atacante chutou
de primeira por cima do gol.
O Náutico pressionava o Cruzeiro. Após bate-rebate, Fábio
fez defesa sensacional em mais uma oportunidade de gol de Araújo, que estava em
posição de impedimento. No rebote, Derley deu uma furada incrível.
Aos poucos, Fábio começava a se mostrar como o principal
jogador do Cruzeiro na partida. Aos 23, fez boa defesa em cobrança de falta de
Souza. No entanto, ele também contava com a sorte. Em mais uma chance clara
alvirrubra, Derley errou um cabeceio de dentro da pequena área da Raposa,
mandando por cima, aos 27 minutos.
O Cruzeiro abuscava de faltas para frear o ataque
alvirrubro. Por volta dos 30 minutos do segundo tempo, já eram 39 faltas.
Estilo Celso Roth. Mas o time também queria a vitória, e o técnico Celso Roth
fez uma substituição até certo ponto ousada. Sacou Tinga para a entrada do
atacante Wallyson.
O final de jogo ficou bastante aberto. O Cruzeiro cresceu e
por pouco não conseguiu matar o jogo com Wallyson, aos 44. Ele avançou como um
raio, mas não teve tranquilidade ao entrar na área alvirrubra e seu chute
cruzado foi para longe do gol.
Ainda deu tempo para Fábio fazer defesa providencial em
cobrança de falta de Souza, na qual estava esperando cruzamento, garantindo o
placar sem gols no final.
FICHA DO JOGO
Náutico 0 x 0 Cruzeiro
Náutico: Gideão; Auremir, Marlon, Ronaldo Alves e Lúcio;
Derley, Elicarlos, Glaydson (Souza), Cléverson (Rhayner) e Ramon (Rodrigo
Tiuí); Araújo. Técnico: Alexandre Gallo.
Cruzeiro: Fábio; Diego Renan, Léo, Victorino e Marcelo
Oliveira; Amaral, Charles (William Magrão), Tinga (Wallyson), Souza (Everton) e
Montillo; Wellington Paulista. Técnico: Celso Roth.
Local: Aflitos. Árbitro: Luiz Flavio de Oliveira (SP).
Assistentes: Rodrigo Pereira Joia (Fifa-RJ) e Emerson Augusto de Carvalho
(Fifa-SP). Cartões amarelos: Derley e Marlon (Náutico); Charles, Diego Renan,
Tinga, Souza, Victorino e Wellington Paulista. Público: 12.531.
Do Blog do Torcedor
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