EDUARDO MONTEIRO É BOM CAMARADA
- Ao longo dos últimos 30 anos passei por vários jornais e grupos de comunicação,
aqui e em Brasília, onde atuei por 15 anos. Tive o privilégio de conviver com
verdadeiros monstros sagrados da mídia, como o saudoso mestre Antônio Camelo,
do DP, minha primeira casa, e Paulo Cabral, o poderoso presidente dos Diários
Associados.
Eduardo Monteiro, que hoje
comanda a Folha de Pernambuco, originário de banco e do agronegócio,
revelou-se, para mim, uma grata surpresa quando o conheci na condição de
arrendatário do velho DP. Egresso de outro mundo, sem nunca ter pisado numa
redação, Eduardo apaixonou-se repentinamente pelo cheiro de tinta fresca em
forma de notícia.
Daí, para chegar a montar o seu
próprio jornal foi um pulo, surpreendendo fortemente o mercado editorial, então
polarizado entre duas poderosas forças. Na verdade, dois gigantes: de um lado,
um veículo mais do que centenário; de outro, o respaldo de um grupo econômico
sólido, como o JCPM.
Visionário, Eduardo materializou
um sonho que parecia pesadelo: a criação da terceira via no Jornalismo impresso
no Estado. Deu certo, com um detalhe: num Estado em que essa chamada terceira
via política nunca prosperou. Foi ali, há 16 anos, já de malas prontas para
regressar para Brasília, que conheci melhor Eduardo Monteiro e passei a
admirá-lo.
Empreendedor, homem correto e de
visão futurista, Eduardo é daqueles que agem com a filosofia de que a vida não
pode ser economizada para amanhã. Acontece sempre no presente. Há muitas
pessoas de visão perfeita, que nos ajudam a ver o mundo melhor.
Eduardo Monteiro é assim. Por
isso, não posso concordar com as agressões destemperadas do jornalista Henrique
Barbosa, ex-editor do jornal, contra um homem que, quando seu chefe, era
iluminado, sem pecado original, referência exemplar de amigo e patrão, além de
conselheiro.
Como Henrique, tive momentos de
divergências com Eduardo, mas diferentemente do ex-editor, que hoje o difama,
não me enfeiticei, porque compreendo que a comunhão da vida se completa quando
a beleza do outro, e não a fraqueza, se junta também na nossa beleza num
contraponto.
Levei muito tempo para perceber
que quem presta muita atenção no que é dito não consegue escutar o essencial,
que se encontra fora das palavras. Não tolero ingratidão e inquieto-me com
invejosos tentando destruir quem eles admiram, cobiçando seus lugares, talentos
e sortes.
Eduardo Monteiro é bom camarada.
Já passou por muitos fogos, como todo empresário que tenta investir num País de
economia instável, de políticas e políticos inconfiáveis, tendo desandado em
alguns momentos, como muitos de visão empreendedora.
Na verdade, ardeu em chamas,
virou uma brasa. Mas milho de pipoca que não passa pelo fogo continua a ser
milho de pipoca, para sempre. Assim acontece com a gente e Eduardo não seria
diferente. Afinal, como sábio que é, entenderá que as grandes transformações
acontecem quando passamos pelo fogo.
Quem não passa pelo fogo, fica do
mesmo jeito a vida inteira.
KASSAB MINISTRO – O PSD dá como certa a nomeação de seu presidente,
Gilberto Kassab, para o Ministério das Cidades ou dos Transportes. Seus
dirigentes avaliam que o peso da ação de Kassab, ao criar um partido e dar o
tempo de TV para Dilma, é semelhante ao apoio da futura ministra da
Agricultura, a presidente da CNA, Kátia Abreu, revela de Brasília o companheiro
Ilimar Franco, de O Globo.
O ARTICULADOR – Dos deputados federais que serão chamados pelo
governador eleito Paulo Câmara para compor o secretariado o único com lugar
garantido, hoje, é Danilo Cabral, mas dificilmente para a Educação ou Cidades,
pastas que já comandou. O mais provável é que tenha um papel na área de
articulação política.
CONSELHEIROS COTADOS – Câmara já sinalizou que buscará pelo menos
dois nomes da área técnica dos quadros do Tribunal de Contas, sua velha casa.
Auditores apostam em três nomes: Gustavo da Fonte, Jackson Oliveira, este
assessor do conselheiro Marcos Loreto, e Taciana Mota, irmão do deputado estadual
eleito Nilton Mota e prima de Danilo Cabral.
BEM NA FOTO – Depois de promover o ajuste fiscal, a prefeita de
Arcoverde, Madalena Brito (sem partido), comemora mais um feito: administra um
dos poucos municípios do Estado que encerra 2014, ano de muitas dificuldades
financeiras, adimplente no Cadastro Único dos Convênios (CAUC), o que garante
novas transferências federais em 2015.
TAVARES NA FAZENDA – O nome mais cotado para secretário da Fazenda
na gestão de Paulo Câmara é o do atual presidente da Compesa, Roberto Tavares,
auditor fiscal da Fazenda. Uma escolha das mais acertadas. Além de bom técnico,
Tavares tem articulação política e transita bem em todos os segmentos
partidários.
CURTAS
PARAÍBA – O governador da Paraíba, Ricardo Coutinho (PSB),
entregou, ontem, dez caminhonetes cabine-dupla para reforçar o trabalho de
fiscalização e manutenção das rodovias estaduais, uma das melhores malhas do
País. O Estado investiu R$ 950 mil, dinheiro de leilão de máquinas,
equipamentos e veículos antigos do DER.
AVANÇO – Na última avaliação do Índice de Desenvolvimento da
Educação Básica, o IDEB, Belo Jardim saltou do 132º lugar para 39º,
ultrapassando cidades como Caruaru, Vitória de Santo Antão, Olinda, Ipojuca e
Jaboatão. “Estamos reconstruindo a educação no município”, comemora o prefeito
João Mendonça (PSD).
PERGUNTAR NÃO OFENDE: Depois de aprovar na marra o arremedo fiscal
de Dilma qual l tamanho da fatura que Renan Calheiros vai cobrar?
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