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Polícia apreendeu 16 armas na operação. (Foto: Penélope Araújo/G1) |
A Polícia Civil de Pernambuco
divulgou nesta sexta-feira (5) o balanço final da Operação Reincidência,
deflagrada em fevereiro e encerrada na quinta-feira (4).
Ao todo, foram presas
14 pessoas, com mandados de prisão ou flagrantes, dentre elas dois policiais
militares. Também foram apreendidas 16 armas, entre revólveres, pistolas,
espingardas e até uma espada.
A apreensão inclui ainda cerca de 816 mil reais,
além de veículos, equipamentos de falsificação de cartões e bloqueador de sinal
GPS. A quantia em dinheiro foi a segunda maior apreensão da polícia neste ano.
De acordo com o delegado Mauro
Cabral, da Delegacia de Roubos e Furtos, a Operação Reincidência recebeu este
nome porque os alvos dela eram, em sua maioria, reincidentes, ou seja, já
tinham sido presos, mas voltaram a praticar o mesmo delito.
Cabral também
explica que o objetivo da operação foi desarticular quadrilhas que agiam em
assaltos a bancos, com ou sem sequestro dos gerentes e familiares. Em 2014,
ocorreram 16 assaltos a banco em Pernambuco - apenas em novembro, foram seis
assaltos. “Mesmo assim, o cenário não é de aumento de ocorrências em bancos, e
sim de redução”, afirma o delegado.
Ao longo das investigações, duas
dessas quadrilhas foram apontadas como mais estáveis, responsáveis por crimes
como o assalto ao Banco do Brasil em Suape, em setembro do ano passado, e ao
banco Bradesco, em Gameleira, em fevereiro deste ano. Os policiais militares,
que também integravam os grupos, eram os responsáveis pela logística dos
assaltos. “Movimentação das armas, para evitar uma possível parada num bloqueio
policial e essas armas serem apreendidas, informar se havia movimentação de
policiais no local, isso para tentar facilitar a ação dos criminosos”, explica
o delegado. As duas quadrilhas foram desarticuladas pela polícia.
Várias das prisões realizadas
foram feitas nos últimos dias da Operação Reincidência. “Fizemos a prisão de um
alvo que ainda estava em flagrante delito, por ter participado de um assalto a
um carro forte em João Pessoa, na Paraíba”, lembra o delegado Cabral, se
referindo ao crime da última terça-feira (2), no qual um grupo de assaltantes
fez o vigilante de um carro forte refém, colocando nele um colete de falsos
explosivos.
Um dos mandantes do assalto, que
foi preso na quarta-feira (3) no município do Cabo de Santo Agostinho, no
Grande Recife, é acusado de chefiar uma quadrilha que agia em roubos a bancos.
Outros três suspeitos do assalto também foram presos. Após investigação da
polícia, que contou com ajuda da polícia paraibana e ouviu os quatro acusados,
foi descoberto que o vigilante também é suspeito de participar do crime.
De acordo com Thiago Sandes,
delegado do Grupo de Operações Especiais da Paraíba, que irá conduzir o
inquérito do assalto, a polícia está em busca dos outros suspeitos do crime,
entre eles o vigilante. “A partir de agora ele vai ser efetivamente dado como
foragido e vamos fazer as representações devidas”, afirma.
Do G1
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