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(Foto: memoriasdaditadura.org.br) |
Com um amplo acervo de
informações, imagens e documentários sobre a ditadura militar, o portal
Memórias da Ditadura foi lançado ontem (5) pela Secretaria Especial de Direitos
Humanos. O portal tem conteúdo interativo e os internautas podem gravar
depoimentos sobre o período do regime militar e publicar na página. O site tem
área destinada a professores com planos de aula e material didático.
Um dos objetivos do projeto é
levar informações sobre a ditadura a quem não conhece esse período da história
do país, conhecido também como Anos de Chumbo. O material disponível conta a
história do período sob vários aspectos, abrangendo a atuação dos movimentos de
resistência, a censura, as violações de direitos humanos, a produção artística
e cultural do período e o cenário internacional.
O site tem cerca de 50
depoimentos publicados. Neles, as pessoas relatam momentos vividos durante a
ditadura militar e a percepção que têm do período.
O portal tem linha do tempo da
ditadura, biografias de pessoas que atuaram no período e mapas com links de
conteúdo. Produzido em código aberto WordPress, pode ser acessado por
computador, tablet ou celular e garante a acessibilidade às pessoas com
deficiência.
Presa e torturada durante a
ditadura militar, a secretária de Políticas para Mulheres, ministra Eleonora
Menicucci, falou sobre as marcas da violência física e psicológica sofrida no
período. Ela destacou que as violações ocorridas durante a ditadura não podem
ser esquecidas para evitar que se repitam. “Não podemos deixar que o passado
caia no esquecimento. Precisamos lembrar sempre do que aconteceu e colocar
nossa lente do futuro para que isso jamais se repita”, afirmou Eleonora.
A parte destinada aos educadores
tem orientações sobre didática, sugestões de leitura e filmes destinados ao
preparo dos professores. O ministro da Educação, Henrique Paim, disse que o
portal será divulgado nas escolas para estimular os educadores a acessar o
material e abordar o tema em sala de aula.
Eleonora Menicucci destacou a
importância da educação para a preservação da memória. “Vai ser de muita valia
para o sistema educacional brasileiro, e para toda a sociedade, para que
tenhamos a memória viva de tudo que ocorreu na ditadura militar”.
A ministra Direitos Humanos,
Ideli Salvatti, citou os pedidos de intervenção militar que surgiram em
manifestações recentes e ressaltou que o acervo de memória é colocado à
disposição da população em um momento oportuno. “Temos uma parcela da população
que advoga essa tese e, por isso, precisamos dar os instrumentos para que
aqueles que não têm a informação saibam o significado de uma ditadura, para que
isso nunca mais aconteça no país”, disse ela.
O portal foi desenvolvido pelo
Instituto Vladimir Herzog, com a participação de consultores e profissionais
das áreas de educação e comunicação.
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