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Consigo visualizar, claramente, uma mãe ao olhar o rostinho de seu filho pela primeira vez. Seu sorriso, seu orgulho, suas lágrimas, suas dúvidas e a insegurança da responsabilidade futura. Seu desejo materializado em um serzinho indefeso, ali, em seus braços e que precisará de seus cuidados, de seu zelo, de seus mimos, de suas decisões e firmeza pelo resto de seus dias.
Por outro
lado, consigo visualizar uma mulher que apenas carregou em seu ventre, por nove
longos meses, uma criança indesejada ou não planejada e que sabe qual destino
dar a ela. Um orfanato, uma família que nunca viu, os degraus de uma casa ou Igreja,
um lixão, um rio ou mesmo uma sacola plástica numa noite fria, numa encosta de
um morro qualquer. O destino desta criança já foi traçado desde o momento da
descoberta da gravidez.
Ao pensar
nesta realidade tão presente e tão crescente em nossos dias, me pergunto:
- “Quantas mulheres não dariam seu
último suspiro pelo desejo de se tornarem mães?”
- “Quantas mulheres não dariam a
fortuna que têm ou o imenso amor que transborda em seu coração pela graça, pelo
dom da maternidade e não conseguem realizar o seu desejo?”
- “E quantas são as que foram agraciadas
com este dom e desprezaram a dádiva Divina da maternidade?”
- “Quantas mães têm filhos como Ben e, ainda assim, agradecem aos céus
a alegria de compartilhar de momentos ímpares com seus filhos e suas limitações
físicas e/ou mentais?”
Crianças
dão um trabalho enorme e uma preocupação constante, mais quando elas abrem seus
bracinhos num choro ou num sorriso enorme e espontâneo, iluminando seus rostinhos,
o mundo e os problemas de algum modo, tornam-se mais leves. Como o
próprio título diz, não sou mãe. Apesar disso, é nítida para mim a visualização
da emoção, do instante mágico quando os olhares de mãe e filho se cruzam pela
primeira vez na hora do parto e acredito que são esses momentos mágicos, essas
frações de segundos para uma mãe, que vai, certamente, fazer a diferença em sua
vida - pelo resto de sua vida - e torná-la ainda mais prazerosa, sublime e
especial, porque os filhos crescem, mais as mães, continuam mães!
Walkíria Araújo.
Um comentário:
As pessoas estão conhecendo a mulher especial que você é que eu tive e nao dei o valor que voce merecia. So posso dizer que fui um idiota mais agora e tarde
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