Do NE10
Em mais uma
assembleia realizada na tarde desta quinta-feira (26), cerca de 800 policiais
civis de Pernambuco votaram pela radicalização da greve, ou seja, apenas três
delegacias de plantão irão operar -
Olinda, Prazeres e Várzea - e pelo cumprimento rigoroso do "Cumpra-se a
lei", ou seja, todos os procedimentos que requerem a presença do delegado
só serão realizados pelo escrivão de polícia com a presença dele. A
radicalização já vale a partir da 0h desta sexta (27). A assembleia, que teve
início às 17h, deveria acontecer no auditório do Sindicato dos Policiais Civis
de Pernambuco (Sinpol), mas devido ao grande número de presentes, a reunião
acabou sendo realizada na rua Frei Cassimiro, em Santo Amaro.
Os
manifestantes também foram a favor de entrar com representação na justiça
pernambucana contra o delegado do Instituto de Identificação Tavares Buril
(IITB), Jandir Carneiro, por assédio moral, além da realização de uma passeata,
na próxima quarta (01), com saída da frente do Instituto de Criminalística, em
Campo Grande e chegada na sede provisória do governo do Estado, no Centro de
Convenções. Uma nova assembleia será realizada no local.
Em greve
desde a útima segunda-feira (23), a paralisação da categoria foi considerada
ilegal pelo Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) no mesmo dia que teve
início, determinando o retorno imediato dos policiais ao serviço. A greve
também foi criticada pelo governador Eduardo Campos.
REIVINDICAÇÕES
- Os grevistas reivindicam reajuste salarial de 65%, adicional noturno,
horas-extras, vale-refeição e melhorias de locais de trabalho e equipamentos de
segurança, como coletes à prova de bala, entre outras medidas. Eles também
reclamam da falta de xadrez nas viaturas (tela que separa os bancos dianteiros
do traseiro).
MOBILIZAÇÕES
- De março até julho, os policiais civis já realizaram sete assembleias, duas
paralisações de 24h e vários atos de protesto, com destaque para as
manifestações que aconteceram em Caruaru e Garanhuns.
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