terça-feira, 25 de setembro de 2012

Futebol: Waldemar Lemos comanda a reação do Sport no Brasileiro


Do JC Online

No período de 30 dias, o que era desespero se transformou em esperança na Ilha do Retiro. Com a sexta melhor campanha do returno, o Sport está a apenas um ponto de deixar a zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro, onde figura desde a 17ª rodada. E se há um fator determinante nessa recuperação ele atende pelo nome do técnico Waldemar Lemos, que completa amanhã um mês no comando do time (estreou contra o Náutico, no dia 26 de agosto). Algo reconhecido pelos próprios jogadores.

Com Waldemar Lemos, o Sport passou a ter um aproveitamento de 54%, fruto de 13 pontos obtidos em oito partidas (três vitórias, quatro empates e uma derrota). Para efeito de comparação, o antecessor Vágner Mancini conseguiu os mesmos 13 pontos, mas, em 15 jogos (três vitórias, quatro empates e oito derrotas), apenas 29% de rendimento. A melhora no desempenho do time em casa é ainda mais significativa. Na Ilha, o rubro-negro passou de 33% de aproveitamento com Mancini, para 73% com Waldemar Lemos.

Vale lembrar que ao longo da competição, o Sport foi dirigido três vezes pelo interino Gustavo Bueno, que conseguiu somar apenas um ponto (no empate por 1x1 com o Flamengo, na 1ª rodada).

Há dois aspectos a serem considerados no trabalho de Waldemar Lemos até o momento (e consequentemente na recuperação do time). Um psicológico e outro técnico.


Bem ao seu estilo paizão, Waldemar uniu e devolveu a confiança ao grupo. Para isso, entre outras coisas, fez uso de treinamentos pouco comuns, como um em que os jogadores são obrigados a rolar pelo chão antes de iniciar uma disputa de bola.

“Sem sombra de dúvida, Waldemar melhorou bastante o ambiente. Quando ele chegou, estranhei um pouco a forma de treinamento. Quando vi o treino dele, com rolamento (no chão) pensei: ‘Nunca vou fazer isso’. Mas aí entendi o que ele queria. E ele justamente não queria vaidade. Ele nos tirou do comodismo e mexeu com os nossos brios”, afirmou o lateral-direito Cicinho, com passagens pela seleção brasileira e clubes como Real Madrid e Roma.

Cicinho, por sinal, pode ser encarado como um dos símbolos da era Waldemar Lemos. Com o treinador, o jogador, que chegou a ficar fora da relação de concentrados, se tornou titular e peça fundamental do time. Foi um dos que mais atuou com Lemos, estando presente em sete das oito partidas do treinador (ficou ausente apenas na derrota por 3x1 para o Palmeiras, por suspensão). O mesmo se aplica a Diego Ivo, Rithely e Tobi.

Já Moacir, Hugo, Felipe Azevedo e Gilsinho atuaram em todas as partidas sob o comando de Waldemar. O zagueiro Edcarlos só deixou atuar em duas partidas também por suspensão. O que mostra outro mérito do técnico rubro-negro: definir uma equipe-base.

As duas únicas mudanças significativas feitas por Waldemar na equipe foram no gol, com a contusão do titular Magrão e a entrada de Saulo (cada um fez quatro jogos) e na lateral esquerda, com o prata da casa Renê (escanteado com Mancini) ganhando a chance de ser titular na vaga de William Rocha.

Por outro lado, jogadores como Reinaldo e Marquinhos Gabriel, titulares absolutos com Vágner Mancini, perderam espaço com a troca de técnico.

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