Do
JC Online
No
período de 30 dias, o que era desespero se transformou em esperança na Ilha do
Retiro. Com a sexta melhor campanha do returno, o Sport está a apenas um ponto
de deixar a zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro, onde figura desde a
17ª rodada. E se há um fator determinante nessa recuperação ele atende pelo
nome do técnico Waldemar Lemos, que completa amanhã um mês no comando do time
(estreou contra o Náutico, no dia 26 de agosto). Algo reconhecido pelos
próprios jogadores.
Com
Waldemar Lemos, o Sport passou a ter um aproveitamento de 54%, fruto de 13
pontos obtidos em oito partidas (três vitórias, quatro empates e uma derrota).
Para efeito de comparação, o antecessor Vágner Mancini conseguiu os mesmos 13
pontos, mas, em 15 jogos (três vitórias, quatro empates e oito derrotas),
apenas 29% de rendimento. A melhora no desempenho do time em casa é ainda mais
significativa. Na Ilha, o rubro-negro passou de 33% de aproveitamento com
Mancini, para 73% com Waldemar Lemos.
Vale
lembrar que ao longo da competição, o Sport foi dirigido três vezes pelo
interino Gustavo Bueno, que conseguiu somar apenas um ponto (no empate por 1x1
com o Flamengo, na 1ª rodada).
Há
dois aspectos a serem considerados no trabalho de Waldemar Lemos até o momento
(e consequentemente na recuperação do time). Um psicológico e outro técnico.
Bem
ao seu estilo paizão, Waldemar uniu e devolveu a confiança ao grupo. Para isso,
entre outras coisas, fez uso de treinamentos pouco comuns, como um em que os
jogadores são obrigados a rolar pelo chão antes de iniciar uma disputa de bola.
“Sem
sombra de dúvida, Waldemar melhorou bastante o ambiente. Quando ele chegou,
estranhei um pouco a forma de treinamento. Quando vi o treino dele, com
rolamento (no chão) pensei: ‘Nunca vou fazer isso’. Mas aí entendi o que ele
queria. E ele justamente não queria vaidade. Ele nos tirou do comodismo e mexeu
com os nossos brios”, afirmou o lateral-direito Cicinho, com passagens pela
seleção brasileira e clubes como Real Madrid e Roma.
Cicinho,
por sinal, pode ser encarado como um dos símbolos da era Waldemar Lemos. Com o
treinador, o jogador, que chegou a ficar fora da relação de concentrados, se
tornou titular e peça fundamental do time. Foi um dos que mais atuou com Lemos,
estando presente em sete das oito partidas do treinador (ficou ausente apenas
na derrota por 3x1 para o Palmeiras, por suspensão). O mesmo se aplica a Diego
Ivo, Rithely e Tobi.
Já
Moacir, Hugo, Felipe Azevedo e Gilsinho atuaram em todas as partidas sob o
comando de Waldemar. O zagueiro Edcarlos só deixou atuar em duas partidas
também por suspensão. O que mostra outro mérito do técnico rubro-negro: definir
uma equipe-base.
As
duas únicas mudanças significativas feitas por Waldemar na equipe foram no gol,
com a contusão do titular Magrão e a entrada de Saulo (cada um fez quatro
jogos) e na lateral esquerda, com o prata da casa Renê (escanteado com Mancini)
ganhando a chance de ser titular na vaga de William Rocha.
Por
outro lado, jogadores como Reinaldo e Marquinhos Gabriel, titulares absolutos
com Vágner Mancini, perderam espaço com a troca de técnico.
Nenhum comentário:
Postar um comentário