Os investimentos de empresas
estrangeiras no Brasil voltaram a superar as expectativas e continuaram
entrando de forma expressiva em 2012. Em parte, o desempenho do consumo e do
emprego em meio à crise econômica internacional explica o interesse das
multinacionais no país.
No entanto, o forte volume de ingressos tem despertado
receios de que parte do dinheiro que deveria gerar investimentos produtivos
esteja sendo aplicada em especulações no mercado financeiro.
Segundo os dados mais recentes
divulgados pelo Banco Central (BC), os investimentos estrangeiros diretos (IED)
totalizaram US$ 59,893 bilhões de janeiro a novembro. O resultado é o segundo
melhor para o período, só perdendo para 2011, quando as entradas tinham somado
US$ 60,017 bilhões. Mesmo assim, os investimentos das empresas estrangeiras têm
superado as expectativas mais otimistas.
Em novembro, o BC projetava a
entrada de US$ 3 bilhões de investimentos estrangeiros diretos no país. No
entanto, o ingresso no mês passado somou US$ 4,587 bilhões, a ponto de o chefe
do Departamento Econômico do BC, Tulio Maciel, dizer, no dia 18 deste mês, que
as “surpresas positivas [no IED] têm sido a tônica do ano”.
O motivo para a desconfiança dos
especialistas está nos empréstimos intercompanhias, empréstimos de matrizes no
exterior para filiais da mesma empresa no Brasil cuja proporção no IED está
aumentando. Esses recursos representaram 18% do total do investimento
estrangeiro direto que ingressou no país de janeiro a novembro de 2011. No
mesmo período deste ano, a proporção subiu para 20,6%.
Agência Brasil
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