Da Agência
Estado
O
salário mínimo do trabalhador do País deveria ter sido de R$ 2.514,09 em
novembro para que ele suprisse suas necessidades básicas e da família, segundo
estudo divulgado nesta quarta-feira pelo Departamento Intersindical de
Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). A constatação foi feita por
meio da utilização da Pesquisa Nacional da Cesta Básica do mês passado,
realizada pela instituição em 17 capitais do Brasil.
Com
base no maior valor apurado para a cesta no período, de R$ 299,26, em São Paulo , e levando em
consideração o preceito constitucional que estabelece que o salário mínimo deve
ser suficiente para garantir as despesas familiares com alimentação, moradia,
saúde, transportes, educação, vestuário, higiene, lazer e previdência, o Dieese
calculou que o mínimo deveria ter sido 4 04 vezes maior do que o piso vigente
no Brasil, de R$ 622,00.
O valor
é menor que o apurado para outubro, quando o mínimo necessário foi estimado em
R$ 2.617,33 (4,21 vezes o piso em vigor). Em novembro de 2011, o Dieese
calculava o valor necessário em R$ 2.349,26 ou 4,31 vezes o mínimo então em
vigor, de R$ 545,00.
A
instituição também informou que o tempo médio de trabalho necessário para que o
brasileiro que ganha salário mínimo pudesse adquirir, em novembro de 2012, o
conjunto de bens essenciais diminuiu, na comparação com o mês anterior e com o
mesmo período do ano passado.
Na
média das 17 cidades pesquisas pelo Dieese, o trabalhador que ganha salário
mínimo necessitou cumprir uma jornada de 92 horas e 37 minutos em novembro, o
que representou 3 horas a menos do que era necessário em outubro. Em novembro
de 2011, a
jornada média de trabalho exigida para a compra da cesta somava 96 horas e 13
minutos.
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