Caixa atrapalha Dilma
Mesmo se não tivesse cancelada a
agenda em Pernambuco na próxima segunda-feira, a presidente Dilma não iria
cumprir integralmente o que antes havia planejado.
A Caixa Econômica não
liberou, por exemplo, os dois conjuntos habitacionais do programa Minha casa,
minha vida, em Serra Talhada, que ela queria entregar.
Nada que possa comprometer a
estrutura dos imóveis. Faltaram apenas procedimentos burocráticos que devem
levar ainda entre 30 a 40 dias.
Quanto à Adutora do Pajeú,
principal razão da sua volta ao Estado, já começou a abastecer a área urbana de
Serra Talhada, reduzindo o racionamento a que a cidade está submetida desde o
agravamento da mais longa seca dos últimos 50 anos.
Na verdade, a primeira etapa do
sistema adutor, que vai de Itaparica a Serra, está funcionando apenas com uma
bomba, devendo a segunda ser instalada até a nova data a ser marcada para a sua
inauguração com a presença de Dilma, provavelmente na segunda quinzena de
março.
A presidente já havia fechado a
agenda de trabalho no Estado, começando por Serra, mas na temporada de descanso
do Carnaval na Bahia torceu o pé, teve que engessar e agora ficará com a área
atingida imobilizada por duas semanas.
Foi esse o principal motivo que a
fez cancelar os compromissos no Estado acertados há mais de um mês com o
governador Eduardo Campos.
Até a marcação da nova data seria
mais prudente e lógico a presidente pressionar a CEF para liberar os imóveis do
programa Minha casa, minha vida, em Serra. Se não conseguir, será, como todo
governante que não se impõe, vencida pela inadmissível burocracia.
EMOÇÃO
O governador Eduardo
Campos era um dos amigos de Fernando Lyra mais emocionados, ontem, tanto no
velório quanto no sepultamento. “Perdi um grande amigo, um conselheiro.
Fernando era um formulador, uma cabeça privilegiada da sua geração política”,
disse. Há 15 dias, Eduardo foi a São Paulo visitar o ex-ministro, que estava
internado num hospital desde o dia 5 de janeiro passado.
Drama ou ficção?
O serviço de
marcação de consultas 0800.281.2025, da Secretaria estadual de Saúde, não
funciona, é uma verdadeira peça de ficção.
Uma paciente encaminhada pela
endocrinologista Ana Patrícia de Oliveira para uma consulta com um
cardiologista passou, ontem, mais de uma hora pendurada ao telefone e não
conseguiu completar a ligação.
Isso acontece com a maioria dos pacientes reféns
do sistema.
Fará falta
De Eduardo,
emocionado, sobre Fernando Lyra: “Fernando foi uma pessoa feliz, animada. Em
momentos difíceis da nossa caminhada sempre tive Fernando ao meu lado e será
uma falta muito grande que ele irá nos fazer. A imagem que fica dele é de uma
figura obstinada, um homem que sempre teve força para lutar pelas causas mais
justas do povo brasileiro”.
Ingresso na política
Presente,
ontem, ao velório de Fernando Lyra, o ex-deputado Luiz Piauhylino lembrou que
foi pelas mãos do ex-ministro da Justiça que ingressou na vida pública, sendo
indicado por ele (Fernando) ao ex-governador Miguel Arraes para suplente de
senador na chapa do senador eleito Mansueto de Lavor, em 1986. Arraes elegeu os
dois: Mansueto e Antônio Farias.
Novo Tancredo
Numa entrevista a
Adriano Roberto, ontem, para o Frente a Frente, o ex-deputado Roberto Magalhães
(DEM) disse que o governador Eduardo Campos lembra, hoje, com características
diferenciadas, o ex-presidente Tancredo Neves.
“Candidato ao Planalto, Eduardo
pode representar a grande travessia para um País novo, sonhado por Tancredo”,
afirmou.
CURTAS
O VICE DE EDUARDO
De ontem no O
Globo: “Pedetistas se dividem entre a candidatura do senador Cristovam Buarque
à Presidência e o apoio a Eduardo Campos. Há os que sugerem dobradinha com
Campos a presidente e Cristovam a vice”.
SINALIZAÇÃO
O prefeito de
Aracaju, João Alves Filho (DEM), não se anima muito com a possibilidade de uma
aliança presidencial do seu partido com o PSDB em apoio ao senador Aécio Neves.
Ele tem falado com mais entusiasmo na candidatura de Eduardo.
Blog do Magno Martins
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