sábado, 16 de fevereiro de 2013

Coluna do sabadão


Caixa atrapalha Dilma

Mesmo se não tivesse cancelada a agenda em Pernambuco na próxima segunda-feira, a presidente Dilma não iria cumprir integralmente o que antes havia planejado. 

A Caixa Econômica não liberou, por exemplo, os dois conjuntos habitacionais do programa Minha casa, minha vida, em Serra Talhada, que ela queria entregar.

Nada que possa comprometer a estrutura dos imóveis. Faltaram apenas procedimentos burocráticos que devem levar ainda entre 30 a 40 dias.

Quanto à Adutora do Pajeú, principal razão da sua volta ao Estado, já começou a abastecer a área urbana de Serra Talhada, reduzindo o racionamento a que a cidade está submetida desde o agravamento da mais longa seca dos últimos 50 anos.

Na verdade, a primeira etapa do sistema adutor, que vai de Itaparica a Serra, está funcionando apenas com uma bomba, devendo a segunda ser instalada até a nova data a ser marcada para a sua inauguração com a presença de Dilma, provavelmente na segunda quinzena de março.

A presidente já havia fechado a agenda de trabalho no Estado, começando por Serra, mas na temporada de descanso do Carnaval na Bahia torceu o pé, teve que engessar e agora ficará com a área atingida imobilizada por duas semanas.

Foi esse o principal motivo que a fez cancelar os compromissos no Estado acertados há mais de um mês com o governador Eduardo Campos.

Até a marcação da nova data seria mais prudente e lógico a presidente pressionar a CEF para liberar os imóveis do programa Minha casa, minha vida, em Serra. Se não conseguir, será, como todo governante que não se impõe, vencida pela inadmissível burocracia.

EMOÇÃO

O governador Eduardo Campos era um dos amigos de Fernando Lyra mais emocionados, ontem, tanto no velório quanto no sepultamento. “Perdi um grande amigo, um conselheiro. Fernando era um formulador, uma cabeça privilegiada da sua geração política”, disse. Há 15 dias, Eduardo foi a São Paulo visitar o ex-ministro, que estava internado num hospital desde o dia 5 de janeiro passado.

Drama ou ficção? 

O serviço de marcação de consultas 0800.281.2025, da Secretaria estadual de Saúde, não funciona, é uma verdadeira peça de ficção. 

Uma paciente encaminhada pela endocrinologista Ana Patrícia de Oliveira para uma consulta com um cardiologista passou, ontem, mais de uma hora pendurada ao telefone e não conseguiu completar a ligação. 

Isso acontece com a maioria dos pacientes reféns do sistema.

Fará falta 

De Eduardo, emocionado, sobre Fernando Lyra: “Fernando foi uma pessoa feliz, animada. Em momentos difíceis da nossa caminhada sempre tive Fernando ao meu lado e será uma falta muito grande que ele irá nos fazer. A imagem que fica dele é de uma figura obstinada, um homem que sempre teve força para lutar pelas causas mais justas do povo brasileiro”.

Ingresso na política

Presente, ontem, ao velório de Fernando Lyra, o ex-deputado Luiz Piauhylino lembrou que foi pelas mãos do ex-ministro da Justiça que ingressou na vida pública, sendo indicado por ele (Fernando) ao ex-governador Miguel Arraes para suplente de senador na chapa do senador eleito Mansueto de Lavor, em 1986. Arraes elegeu os dois: Mansueto e Antônio Farias.

Novo Tancredo

Numa entrevista a Adriano Roberto, ontem, para o Frente a Frente, o ex-deputado Roberto Magalhães (DEM) disse que o governador Eduardo Campos lembra, hoje, com características diferenciadas, o ex-presidente Tancredo Neves. 
“Candidato ao Planalto, Eduardo pode representar a grande travessia para um País novo, sonhado por Tancredo”, afirmou.

CURTAS

O VICE DE EDUARDO

De ontem no O Globo: “Pedetistas se dividem entre a candidatura do senador Cristovam Buarque à Presidência e o apoio a Eduardo Campos. Há os que sugerem dobradinha com Campos a presidente e Cristovam a vice”.

SINALIZAÇÃO

O prefeito de Aracaju, João Alves Filho (DEM), não se anima muito com a possibilidade de uma aliança presidencial do seu partido com o PSDB em apoio ao senador Aécio Neves. Ele tem falado com mais entusiasmo na candidatura de Eduardo.

Blog do Magno Martins

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