Em tempos de endurecimento da Lei Seca, uma campanha na
internet que visa a recolher assinaturas para que a pena por homicídio culposo
(quando não há intenção para matar, caso da maioria dos acidentes de trânsito)
se torne mais rígida ganha cada vez mais espaço. A “Não foi Acidente” tem como
foco quem dirige embriagado e já recolheu 851 mil assinaturas. Ela precisa
chegar a um 1,3 milhão para ser levada ao Senado (assine aqui).
- Hoje, a pena para homicídio culposo vai até quatro anos e
pode ser convertida em pagamento de cestas básicas ou medias socioeducativas.
Queremos que a pena seja entre 5 ou 9 anos - disse o publicitário mineiro Ava
Gambel, de 32 anos.
Ava com a camisa do movimento, durante uma
viagem ao Sul
Foto: / Reprodução da internet
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Ele começou o movimento há pouco mais de um ano, depois de
saber da morte, por atropelamento, da mãe e da irmã de um amigo, o engenheiro
elétrico e palestrante Rafael Baltresca.
Miriam Baltresca, 56, e Bruna
Baltresca, 28, haviam acabado de sair de um cinema no Shopping Villa-Lobos, na
Zona Oeste de São Paulo, quando foram atingidas por um Golf dirigido por um
homem que, segundo o boletim de ocorrência, apresentava “sinais de embriaguez”.
O acidente foi em 17 de setembro de 2011.
- Resolvi agir em solidariedade a ele e fui criando força
nas redes (sociais). Ano passado, perdi um amigo e senti a mesma dor que o
Rafael. Por isso, a dedicação ao movimento se renovou - contou Ava.
O blog criado pelo rapaz (http://naofoiacidente.org/blog)
recebe constantemente relatos de pessoas que perderam parentes no trânsito, em
acidentes causados, principalmente, por motoristas bêbados. Atualmente, são
cerca de 240 histórias postadas.
- Eles mandam fotos também. As famílias se juntaram ao
movimento e, por isso, ele hoje está em todo o Brasil - contou o publicitário.
Portal extra.globo.combo.com
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