As críticas vêm desde o início da temporada. Jogue bem ou
mal, vença ou perca, elas estão lá. O Santa Cruz vive um momento delicado com a
sua torcida. Calejados pelos insucessos do passado, os torcedores tricolores
estão com a paciência no limite. A ponto de os resultados obtidos até o momento
não serem suficientes para satisfazê-los. No Pernambucano, o Tricolor venceu
quatro dos cinco jogos que disputou. Mas vaias ainda são comumente ouvidas nas
partidas no Arruda.
Vai ser difícil mudar o sentimento do torcedor em curto
prazo. Os próprios tricolores admitem isso. A missão é diária. É mais do que
vencer, é convencer a cada partida. Hoje, às 20h, contra o Chã Grande, no
Arruda, o Santa Cruz tenta a sua terceira vitória seguida no Pernambucano. Tem
a oportunidade de embalar na competição e dar um passo importante rumo à
classificação para as semifinais. O segundo turno, que passa da sua metade
nesta rodada, é de tiro curto.
É dentro de campo que os tricolores procuram se concentrar,
embora nem sempre seja possível. O jeito é escutar as críticas, assimilar e dar
o melhor para garantir os resultados. “A torcida tem o direito de cobrar. Sei
que a gente vai conseguir dar a volta por cima nessa questão da torcida estar
impaciente. O importante é que estamos conseguindo os resultados positivos.
Isso é o que importa, na realidade”, afirmou o volante Léo.
Prestigiado pela torcida, Léo não está ameaçado de sofrer o
que Luciano Sorriso sofreu. Mesmo com uma boa atuação diante do Central, foi
vaiado ao ser substituído. É o retrato da impaciência da torcida.
“Infelizmente, a torcida é impaciente, quer que o time vá para cima o tempo
todo e ele é um atleta que cadencia o ritmo do jogo”, analisou o zagueiro
César, que pede compreensão. Não só para Sorriso, mas para o time. “Em alguns
momentos não estamos jogando bem. Mas temos mostrado um futebol eficiente.
Fazemos de tudo para que a nossa qualidade apareça dentro de campo”.
Time
A principal indefinição do time do Santa Cruz é quanto à
camisa 10. Natan, que vinha numa sequência inédita na carreira dele de 13 jogos
consecutivos, sentiu a maratona. Com um leve estiramento na coxa direita, será
poupado do jogo de hoje e pode ficar de fora também da partida do próximo
domingo, contra o Serra Talhada. Dois jogadores brigam pela vaga: Léo, o
favorito, e Éverton Heleno, que corre por fora.
Do Super esportes
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