O Papa Francisco rezou neste domingo (17) o primeiro Angelus
de seu pontificado, no qual insistiu na necessidade de misericórdia, diante de
mais 100.000 emocionados fiéis que o aclamaram na Praça de São Pedro.
"Irmãos e irmãs, bom-dia", foram as primeiras
palavras do Papa argentino, vestido com batina branca e com uma cruz de ferro,
enquanto os católicos agitavam bandeiras de dezenas de países na imensa
esplanada situada no coração do Vaticano.
"Para nós cristãos é importante encontrar-nos todos os
domingos, saudar-nos, conversamos em uma praça que, graças aos meios de
comunicação, tem as dimensões do mundo", disse o argentino Jorge
Bergoglio, que escolheu o nome Francisco para exercer o pontificado.
"Deus perdoa sempre e tem misericórdia para
todos", disse, antes de insistir: Deus "nunca se cansa de perdoar,
somos nós os que cansamos de pedir perdão".
"Saúdo cordialmente todos os peregrinos e agradeço por
sua acolhida", afirmou, antes de receber mais aplausos.
O Papa voltou a pedir aos fiéis que rezem por ele, como
havia feito na quarta-feira, dia em que foi proclamado pontífice. Ele encerrou
o Angelus com o desejo de "bom domingo e bom almoço", com a
simplicidade que caracteriza os primeiros dias de seu pontificado.
O Papa Francisco celebrou o Angelus na janela de seu
apartamento no palácio apostólico.
Mais cedo, o pontífice celebrou uma missa em uma pequena
igreja do Vaticano e saudou pessoalmente as centenas de pessoas reunidas na
saída do templo e que gritavam "Viva o Papa".
Em mais uma quebra de protocolo, o Papa argentino se
aproximou das barreiras que estabelecem a fronteira do Vaticano e saudou as
centenas de pessoas, incluindo muitos latino-americanos, que o esperavam aos
gritos de"Francisco, Francisco".
Na homilia, o Papa recordou que Jesus "nunca se cansa
de perdoar" os pecadores. Ao fim da cerimônia, agradeceu ao fundador do
Liceu Jubilar João Paulo II do Uruguai, que estava no templo, por seu trabalho
para educar os adolescentes que moram nas ruas.
Fonte: AFP
Um comentário:
O pauperismo está para a pobreza como o esnobismo está para a nobreza. O pauperismo é hipócrita caricatura de sobriedade.
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