O artista cubano Erik Ravelo estreou sua nova exposição, batizada de “Os Intocáveis”. O propósito, segundo ele, é denunciar o abuso sofrido por crianças em diferentes partes do mundo. São sete imagens de crucificações, com um adulto servindo como cruz enquanto as crianças ficam na mesma posição que Jesus.
São temas polêmicos como a
pedofilia, energia nuclear, guerras e obesidade infantil. O artista diz que isso revela como as crianças
são maltratadas em lugares como Síria, Tailândia, Estados Unidos e Japão. Para
ele, o objetivo é mostrar que a infância não deveria ser violada.
Mas quando Ravelo utiliza uma
imagem tão familiar e sagrada para centenas de milhões de cristãos em todo o
mundo, é inevitável que grupos religiosos se posicionem contrários a ela. Em
especial os católicos que veem um padre servir como um símbolo de morte para
crianças.
Seu autor parece não se importar.
Ele formou-se na Academia Nacional de Belas Artes de San Alejandro, em Havana,
Cuba. Já fez material para as campanhas da Organização Mundial da Saúde contra
a violência, o uso de tabaco e de segurança no trânsito. Dois anos atrás, em uma campanha que
desenvolveu para a marca italiana Benetton chamada “Unhate” [Não ao ódio] onde
mostrando vários líderes mundiais se beijando. Uma das fotomontagens mostrava o
Papa Bento XVI “beijando” Ahmed Mohamed el Tayeb, imã da mesquita de Al Azhar
no Cairo.
Na ocasião, a marca de roupas foi
processada e precisou doar uma quantia em dinheiro em prol da igreja e tirar a
imagem de divulgação. “A Santa Sé não quis pedir indenizações de natureza
econômica, mas quis obter o ressarcimento moral de reconhecimento do abuso
realizado e afirma a sua vontade de defender, inclusive por meios legais, a
imagem do pontífice”, explica o porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi. O
Vaticano ainda não se pronunciou sobre as novas imagens produzidas por Erik
Ravello e que foram divulgadas essa semana. Com informações de Terra e Contra
Papel.
Portal Gospel Prime
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