A Telexfree está sendo alvo de
mais uma investigação. O Ministério Público Federal em Rondônia recebeu
denúncias anônimas de que divulgadores estariam descumprindo a decisão da
Justiça e cadastrando novas pessoas no negócio.
O órgão instaurou um inquérito
civil público para analisar o caso. Por meio de nota à imprensa, o MPF em
Rondônia afirmou que o objetivo das investigações é “comprovar a veracidade dos
relatos”.
O advogado da empresa suspeita de
praticar pirâmide financeira, Alexander Teixeira, disse ao Diario não ter
conhecimento da investigação e que as denúncias não procedem. “O sistema está
bloqueado. Não tem como realizar novos cadastros”, frisou.
Desde o dia 18 de junho, os bens
da Telexfree e de seus sócios estão bloqueados e a empresa está proibida de
efetuar novas adesões. Desde então, o diretor de marketing, Carlos Costa, tenta
esclarecer os trâmites judiciais e defender o negócio em diversos vídeos
postados no Facebook. A decisão foi do Tribunal de Justiça do Acre, que aceitou
pedido do Ministério Público do mesmo estado. Em mais uma tentativa de retomar
a operação, a Telexfree ofereceu ao Juízo da 2ª Vara Cível do Rio Branco, na
última sexta-feira, uma garantia no valor de R$ 659 milhões.
Em sua página na rede social, a
empresa publicou um informativo, onde diz que o pedido ainda não foi analisado,
pois “todos os juízes das cinco varas cíveis de Rio Branco encontravam-se de
férias, e a magistrada substituta vive na cidade de Manoel Urbano, comarca 226
km distante de Rio Branco”.
A assessoria de imprensa do
Tribunal de Justiça do Acre (responsável pelas varas de Rio Branco) confirmou
que a juíza Taís Borges, responsável pela 2ª Vara Cível, saiu de férias. No
entanto, o juíz Lois Arruda, da 3ª Vara Cível, está acumulando as funções.
Para o advogado especialista em
direito do consumidor João Donato, da Queiroz Cavalcanti Advocacia, a garantia
de R$ 659 milhões é uma forma de a Telexfree mostrar seus ativos. “Cabe ao juiz
autorizar se o montante é suficiente e se a atividade é legal.”
Segundo o coordenador-geral do
Procon-PE, José Rangel, a oferta não significa necessariamente uma garantia aos
consumidores. “Não sabemos se esse valor seria suficiente para remunerar os que
entram no negócio”, ponderou.
Sobre o andamento do processo, o
advogado da Telexfree afirma que a decisão do agravo de instrumento da liminar
no Acre deve acontecer no dia 29.
Diario de Pernambuco
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