O Náutico fez seu pior primeiro tempo nesta Série A diante do
Criciúma, nesta quarta-feira, no Heriberto Hülse. E isso, quando dito a
respeito de uma equipe que é a lanterna da Série com oito pontos em 14
partidas, significa muito. A etapa inicial alvirrubra foi péssima. Os donos da
casa atropelaram o Timbu com três gols e pavimentaram o caminho para a vitória
que se concretizaria dali a 45 minutos: 3 x 0 para o Tigre. Na segunda etapa,
o time de Zé Teodoro melhorou um pouco, mas não conseguiu sequer diminuir
o placar. Segue na última posição do Campeonato Brasileiro, portanto.
O
JOGO - O Criciúma foi melhor desde o início do jogo. Até os 10 minutos,
no entanto, nenhum dos dois times fez muita coisa - pareciam apenas se estudar.
Na marca dos 10, contudo, João Vitor bateu belíssima falta, um pouco antes da
entrada da grande área. Ricardo Berna foi na bola, mas não conseguiu tocá-la.
Um a zero para o Tigre. O gol obrigaria o alvirrubro a se expor mais, tentar
sair da pressão que o time de Vadão exercia até ali. O Timbu, contudo, não
conseguiu fazer issso. Pelo contrário: muito apáticos, os comandados de Zé
Teodoro continuaram a ser fustigados repetidamente pelos rivais.
O Náutico tinha três volantes - e ainda assim marcava pouco e
permitia inúmeros rebotes ao Criciúma. Desnecessário dizer que, para tristeza
dos torcedores alvirrubros, o mesmo time que não marcava quase nada criava
ainda menos. A equipe dependeu dos chutões endereçados ao atacante Olivera -
cujos resultados foram irrisórios. O Criciúma, com uma marcação pressão,
dominava o campo de jogo.
Não demorou para ampliar. Aos 31, o ataque catarinense fez boa
jogada. O atacante Lins foi lançado. De costas para a defesa, atuou como pivô e
tocou voltando para Marlon, que bateu de primeira, sem chances para Ricardo
Berna. Oito minutos depois, Ivo cruzou da direita no segundo pau para o
zagueiro Leonardo, que tocou para o gol. A primeira oportunidade do
Náutico só foi construída aos 41 minutos, com Rogério. O atacante entrara havia
pouco no lugar de Dadá e, com a movimentação habitual, conseguiu se salvar no
deserto de bom futebol que foi o Timbu nesta quarta-feira.
No segundo tempo, a equipe do Náutico melhorou. Não se sabe se
porque realmente cresceu ou se porque o Criciúma, dono do resultado, relaxou.
Provavelmente uma mistura das duas razões. Fato é que o Timbu mostrou alguma
evolução e conseguiu criar situações de gol. O artifície dessas principais
chegadas foi o atacante Rogério. Logo aos cinco minutos, o jogador fez boa
jogada, em velocidade, pela direita e cruzou na área. A bola passou por todo
mundo e não encontrou ninguém para finalizar.
Dos 21 aos 24, o Náutico teve uma sequência de três
oportunidades. Nas três, o goleiro Helton Leite apareceu bem. Aos 21, Rogério
foi lançado na direita e bateu com força. O goleiro catarinense espalmou. Aos
23, o uruguaio Olivera cabeceou bem após cruzamento, mas o camisa 1 do Tigre
pegou de novo e colocou para escanteio. Depois da cobrança do corner, Rogério
pegou rebote fora da área e encheu o pé. Leite defendeu mais uma.
Aos 39 minutos, Zé Teodoro fez as duas últimas alterações. Tirou
Rodrigo Souto e colocou Peña; sacou Olivera e acionou Jones Carioca. Com pouco
tempo para jogar, os dois não fizeram nenhuma jogada digna de nota. Mas
se tivessem tempo, também não havia garantia que produzissem muito - como, na
verdade, quase todo time alvirrubro nesta quarta-feira.
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