Com a expansão do mercado de
trabalho por conta da chegada de novas indústrias no Estado, uma das profissões
que tem ganhado destaque é a de Segurança do Trabalho.
Quem optar por essa
área, pode escolher entre a qualificação a nível técnico, cujos salários variam
entre R$ 800 e R$ 1,5 mil, ou tecnólogo (formação superior), com remuneração
média de R$ 2,9 mil.
A professora Jeane Beltrão, que
também é coordenadora da graduação em Segurança do Trabalho da Faculdade
Estácio do Recife, explica que o curso técnico tem duração de um ano e meio ou
dois anos e prepara o aluno para ser um profissional operacional.
Já o curso
superior tem duração de três anos e o graduado será capacitado para ser gestor
e consultor da área. Mas o segmento tem demandado profissionais tanto com
formação técnica quanto superior. “Quem conclui o ensino superior em Segurança
de Trabalho também tem a possibilidade de partir para a docência. Em ambas
formações, contudo, o profissional tem como função máxima trabalhar para
preservar a saúde física e mental dos trabalhadores, evitando acidentes de
trabalho e doenças ocupacionais”, explica Beltrão. A demanda por essa área tem
crescido, sobretudo, nas construções.
“Para garantir o desenvolvimento
e a qualificação que o mercado exige, é indicado que o profissional técnico dê
continuidade e faça o curso superior. Até porque serão os graduados que irão
instruir os futuros técnicos”, comenta Jeane.
Atualmente, em Pernambuco,
existem seis instituições que oferecem o curso superior em Segurança do
Trabalho. São elas: Estácio do Recife, Maurício de Nassau, Faculdade Joaquim
Nabuco (unidades do Recife e Paulista), IBGM, Faintvisa (sequencial) e duas
instituições de ensino superior na modalidade Ensino à Distância (EAD), que são
a Universo e a Unopar.
Jeane Beltrão lembra que esses
profissionais são essenciais, porque todas as empresas, de qualquer porte,
precisam de programa de prevenção para evitar riscos aos empregados. “O técnico
atua desde o início da obra, em todos os setores. Ele é o responsável por
levantar os riscos, ver se os funcionários estão usando os equipamentos devidos
e cuidando para diminuir riscos e evitar acidentes”.
Para quem tem nível técnico, é
responsável por elaborar e implementar políticas de saúde e segurança no
trabalho, realizar auditorias, acompanhar e avaliar diversas áreas, identificar
variáveis de controle de doenças, acidentes, qualidade de vida e meio ambiente.
Ainda estão aptos para desenvolver ações educativas na área de saúde e
segurança no trabalho; participar de perícias e fiscalizações; integrar
processos de negociação; participar da adoção de tecnologias e processos de
trabalho; gerenciar documentação; investigar, analisar acidentes e recomendar
medidas de prevenção e controle.
Já o tecnólogo em segurança do
trabalho tem como suas atribuições controlar perdas de processos, produtos e
serviços ao identificar, determinar e analisar causas de perdas, estabelecendo
plano de ações preventivas e corretivas; desenvolver, testar e supervisionar
sistemas, processos e métodos produtivos; gerenciar atividades de segurança do
trabalho e do meio ambiente; planejar empreendimentos e atividades produtivas e
coordenar equipes, treinamentos e atividades de trabalho.
“O profissional de nível técnico
é o operacional do setor (realiza a entrega dos equipamentos individuais de
proteção (EPI’s), faz inspeções de segurança nos setores, acompanha a
realização dos exames médicos), enquanto o tecnólogo está preparado para fazer
a gestão do setor (gerenciar atividades de segurança e do meio ambiente e
coordenar equipes)”, explica Jeane.
Da editoria de Economia do JC
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