terça-feira, 24 de setembro de 2013

Só 12% dos médicos liberados para atuar

Com as licenças, cerca de 12% dos 681 participantes formados no exterior estão habilitados para trabalhar. Foto: Alcione Ferreira/DP/D.A Press/Arquivo       
Balanço divulgado ontem (23) pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) mostra que as associações estaduais emitiram registros provisórios para 86 profissionais com diploma estrangeiro do Programa Mais Médicos. Com as licenças, cerca de 12% dos 681 participantes formados no exterior estão habilitados para trabalhar. O início da atuação estava previsto para ontem, mas foi adiado por causa da falta de autorizações.

Segundo o CFM, a maioria (81%) dos 25 conselhos regionais de medicina que analisam os pedidos de registro estão dentro do prazo de 15 dias para emiti-los, conforme estabeleceu a MP que instituiu o programa. O CFM alega que o Ministério da Saúde demorou para solicitar as licenças e enviou documentos inconsistentes. “Alguns dos processos têm até 8 de outubro para serem analisados e concluídos.”

Dos 631 protocolos feitos pelo Ministério da Saúde, 59 estão fora do prazo estipulado, de acordo com o CFM. A instituição diz que o atraso foi causado por problemas nas documentações solicitadas. Há também casos em que os conselhos regionais não concluíram a análise dos documentos. O Conselho Regional do Espírito Santo, por exemplo, só liberará as licenças quando sair o resultado de uma ação civil movida na Justiça Federal pedindo para não registrar os médicos intercambistas.

O Ministério da Saúde afirma que, de 165 pedidos feitos com prazo máximo de entrega no sábado, 78 não foram emitidos, sendo expedidas 87 licenças, uma a mais do que o informado pelo CFM. Segundo a pasta, os conselhos devem entregar 115 registros hoje e mais 148 autorizações até sábado.


Correio Braziliense

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