Eduardo Campos durante visita a obras no Hospital de Câncer de Pernambuco (Foto: Renan Holanda/G1) |
O governador de Pernambuco e
presidente nacional do PSB, Eduardo Campos, afirmou, nesta segunda-feira (7),
que a aliança entre PSB e Rede foi o "mais forte ato político dos últimos
anos da política brasileira", referindo-se à forma como o grupo de Marina
Silva "se levantou" após a decisão do TSE.
Embora continue afirmando
que questões eleitorais são secundárias atualmente, Campos já fala mais
abertamente sobre o pleito do próximo ano e ressaltou que o momento é de
consolidar uma plataforma sólida de ideias. “Quanto mais fizermos bem o debate
de conteúdos, sintonizados com os valores que nós representamos na vida pública
brasileira hoje, mais o eleitoral vai vir”, disse.
"Elas (as ideias) vão ter a
capacidade de construir uma plataforma sobre a qual, em 2014, nós haveremos de
ter a tarefa de construir uma chapa PSB-Rede, mas também pode ser uma chapa que
venha a receber o apoio de outras lideranças políticas que, muitas vezes
estando em partidos que não comungam com esse pensamento, poderão se
expressar", pontuou, deixando claro que novas alianças podem acontecer.
O socialista ainda revelou que a
decisão pela aproximação entre PSB e Rede teve uma participação direta de
Marina. Ele ressaltou o fato de ambos serem ex-ministros de Lula e fez questão
de frisar que há divergências com a ex-petista, mas o grande objetivo da união
é reforçar a identidade existente dos dois lados. O socialista também falou
sobre a atitude do PSB de, desde o início, dar suporte à criação da Rede. O próprio
governador assinou a lista necessária para a criação do partido.
“O que parecia até uma posição
ingênua ou fora de lógica, na lógica tradicional, um partido que pretendia ter
um candidato a presidente da República defender que outro partido se formasse
para ter uma candidatura que tinha muito mais pontos na pesquisa(...) Aí alguns
diziam: ‘vocês estão trabalhando contra’. Não, estamos trabalhando a favor da
política”, afirmou. Eduardo Campos disse que a Rede funcionará como um partido
em 2014 e garantiu não temer possíveis retaliações por parte do PT.
“Cada dia a gente vai enfrentando os seus dias
com tranquilidade, desejando que as pessoas entendam essa nossa posição, que
não é contra quem quer que seja, nossa posição não é para destruir quem quer
que seja, nós queremos construir um jeito diferente de fazer política”,
ponderou. Aliado antigo de Lula, o governador pernambucano explicou que ainda
não conversou com o ex-presidente desde que oficializou a incorporação da Rede
ao PSB. As declarações foram dadas durante uma visita às obras de construção de
um prédio anexo do Hospital de Câncer de Pernambuco.
Estados
A aliança entre Eduardo Campos e
Marina Silva trouxe grande repercussão nacional, mas também deve mexer no
tabuleiro político no âmbito dos estados e municípios. O presidente nacional do
PSB, no entanto, mostrou-se sereno quanto ao assunto: “Nós temos uma visão
muito tranquila que tivemos que fazer esse movimento num prazo legal muito
curto, das questões formais, a maioria dos estados houve como fazer a aliança
Rede-PSB, em outros lugares vamos fazer aliança PSB-Rede e outros partidos que
os companheiros da Rede tiveram que ir fazer filiação democrática”.
Do G1 PE
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