sexta-feira, 11 de outubro de 2013

UFPE convoca voluntários para pesquisa sobre enxaqueca

Da UFPE
  
O Laboratório de Neurociência Aplicada (Lana) do Departamento de Fisioterapia da Universidade Federal de Pernambuco convoca voluntários para participar de uma pesquisa com pacientes com enxaqueca. Os interessados em participar do projeto que visa melhorar a qualidade de vida de quem sofre desse mal devem procurar pelos contatos abaixo.

A migranea, conhecida no Brasil como enxaqueca, vem sendo descrita como uma das doenças neurológicas mais frequentes, com alto impacto social e econômico, principalmente nos países industrializados. Na última década, diversos estudos têm nos ajudado a compreender as causas da migranea. Um aumento da atividade dos neurônios do córtex occipital tem sido suposto a desempenhar um papel importante na origem dos sintomas.

As estratégias terapêuticas em caso de migranea são baseadas principalmente em terapia medicamentosa, que visa tanto o tratamento durante o ataque agudo, quanto a prevenção. As principais drogas preventivas foram inicialmente desenvolvidas para outra indicação médica. Na ultima década estratégias baseada nas mudanças plásticas no sistema nervoso central vêm sendo empregadas como terapias coadjuvantes ao tratamento convencional de pacientes portadores de migranea. Neste contexto as técnicas de estimulações cerebrais não-invasivas vêm ganhando destaque.

As estimulações cerebrais consistem em técnicas não invasivas, indolores e de fácil aplicação de modulação da atividade cerebral, capazes de promover plasticidade neuronal. Recentemente, essas técnicas vêm sendo aplicadas no tratamento de várias desordens neurológicas, dentre elas a enxaqueca. Um estudo realizado em 2011 sugere que a estimulação transcraniana por corrente contínua (ETCC) catódica representaria uma poderosa ferramenta capaz de modular a excitabilidade dos neurônios acometidos em portadores de migranea.

Assim, o propósito deste estudo é observar os efeitos eletrofisiológicos da ETCC catódica no córtex visual de pacientes portadores de migranea. Os resultados do presente estudo poderão contribuir para que futuramente essas técnicas possam ser utilizadas no tratamento profilático dos pacientes diminuindo a intensidade da dor e frequência das crises de enxaqueca.

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