Escalas médicas incompletas,
demora na entrega dos exames, emergências superlotadas, pacientes nos
corredores, instalações elétricas inadequadas, paredes com mofo e infiltrações.
Esses foram alguns dos problemas encontrados em cinco hospitais públicos
vistoriados pelas entidades médicas de Pernambuco - Conselho Regional de
Medicina e Sindicato dos Médicos – durante uma Blitz Noturna.
O resultado foi anunciado à
imprensa, nesta quinta-feira (21), na sede do Cremepe, no Espinheiro. A
fiscalização verificou as condições de funcionamento do Hospital da Restauração
(HR), Hospital Agamenon Magalhães (HAM), Pronto Socorro Cardiológico de
Pernambuco (Procape), Policlínica Amaury Coutinho e Unidade Mista Barros Lima.
“O balanço geral da ação
constatou a insuficiência de investimento na saúde pelo Governo Federal, que
resulta na situação precária de assistência médica à população”, afirmou o
presidente do Cremepe, Sílvio Rodrigues. Um problema comum a todos os hospitais
visitados foi a questão dos plantões incompletos. "Enquanto não houver uma
definição sobre a carreira médica de Estado, essa situação não mudará",
afirmou o diretor do Cremepe, Ricardo Paiva.
Para o médico fiscal do Conselho,
Sylvio Vasconcellos, o problema mais grave do HR, por exemplo, é a instalação
elétrica. Plantonistas do hospital relataram que é preciso escolher se ligam o monitor
ou o respirador devido à sobrecarga de equipamentos ligados à rede elétrica.
Lá, os médicos também encontraram irregularidades na sala vermelha da clínica
médica. "Havia 10 pacientes internados na sala há mais de 10 dias. Eles
deveriam passar o menor tempo possível no local”, afirmou.
Além de avaliar a estrutura e as
escalas de plantão, as entidades médicas conversaram com alguns pacientes para
avaliar a qualidade dos atendimentos. “Não podemos aceitar que a situação da
saúde pública seja banalizada”, afirmou Sílvio Rodrigues.
O presidente do Cremepe também
citou a crise que o HC enfrenta. “O
serviço de pediatria está fechado há mais de três meses por falta de
profissionais e o de infectologia também pode fechar”, disse Rodrigues. Segundo ele, o prédio do HC ainda corre risco
de ser interditado devido à instabilidade do terreno, já que o hospital foi
construído em cima de um córrego. “Tivemos conhecimento de que o solo é drenado
com bombas de sucção, porém duas delas estão quebradas”, denunciou Rodrigues. O
Cremepe também irá fiscalizar a unidade em breve.
As entidades médicas ainda
divulgaram que o relatório final será entregue às autoridades competentes para
que as medidas sejam tomadas a fim de solucionar os problemas encontrados.
Da Assessoria de Comunicação do
Cremepe

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