Dados internacionais apontam que,
considerando os índices de homicídio, o Brasil tem 16 cidades entre as 50 mais
violentas do mundo. Desse total, nove estão no Nordeste brasileiro, sendo oito
capitais. Apenas o estado do Piauí não figurou no ranking que analisou apenas
os municípios com mais de 300 mil habitantes.
As informações são do
levantamento feito pela organização não governamental mexicana Conselho Cidadão
para a Segurança Pública e Justiça Penal, divulgado recentemente. Nenhum outro
país teve tantas cidades incluídas na listagem como o Brasil. O segundo lugar
na relação de países mais violentos foi o México, com nove cidades.
As 16 cidades brasileiras mais
violentas são: Maceió (AL), Fortaleza (CE), João Pessoa (PB), Natal (RN),
Salvador (BA), Vitória (ES), São Luís (MA), Belém (PA), Campina Grande (PB), Goiânia
(GO), Cuiabá (MT), Manaus (AM), Recife (PE), Macapá (AP), Belo Horizonte (MG) e
Aracaju (SE).
A capital alagoana é a quinta no
mundo com maior índice de homicídios, são 795 mortes violentas a cada 996,7 mi
habitantes. A cidade nordestina fica atrás apenas de San Pedro Sula, em
Honduras, Caracas, na Venezuela, Acapulco, no México, e Cali na Colombia. Já em
comparação com o mesmo levantamento feito em 2013, dois municípios brasileiros
saíram da listagemf eita em 2012: Brasília e Curitiba.
Sobre a violência no Nordeste
brasileiro, o advogado Fabricio Rebelo, pesquisador em segurança pública,
diretor e coordenador da Região Nordeste da ONG Movimento Viva Brasil, avalia
que "criminalidade no Nordeste é hoje um problema crônico". Segundo
ele, alguns fatores surgem claros como contributivos para a instauração do
quadro atual.
"O primeiro e mais óbvio
[motivo] é a robusta expansão das atividades relacionadas ao tráfico de drogas,
que se instalaram na região de forma rápida e com pouca resistência. Já a segunda
é a utilização de uma estratégia errada no combate à violência", enumerou
o estudioso.
Fabrício Rebelo explicou ainda
que a perspectiva é de que os dados sobre a violência piorem, caso não sejam
tomadas decisões eficientes. "A cada estudo a situação nordestina parece
piorar e é necessário adotar medidas urgentes e efetivas para evitar o caos.
Algumas, é fato, já se iniciaram, mas é um jogo em que a reação somente começou
a ser esboçada com um placar já muito adverso."
Do NE10
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