É importante fazer revisões ao
menos uma vez por ano. Desleixo pode danificar equipamento e causar problemas
de saúde
É verão em Pernambuco. O trânsito
está complicado, o calor escaldante e você, motorista, ainda tem de ficar com
as janelas abertas porque o ar-condicionado do carro não dá conta do recado.
Para piorar, além da má eficiência do equipamento, o cheiro vindo dele não é
agradável. Pois é, a hora da revisão passou.
Se você nunca vivenciou algo
assim, certamente já viu alguém na situação, que acontece quando o
ar-condicionado está sujo ou quando há vazamento no gás do sistema de
refrigeração. Nessa época de muito calor, a procura por serviços do tipo
aumenta até 60%.
Assim como acontece com o
ar-condicionado de nossas casas, manter o do carro em dia exige revisões
periódicas e cuidados. “Com pequenos hábitos o motorista pode evitar maiores
problemas. Um deles é sempre limpar e aspirar o tapete do veículo, pois o ar da
cabine do carro se renova a todo instante e, se o tapete estiver sujo, a poeira
vai junto”, explica Severino Saburido, dono da oficina especializada Arauto
Biu.
Para quem roda muito, a cada seis
meses é fundamental fazer uma revisão. Já quem dirige menos deve realizá-la ao
menos uma vez por ano. A revisão mais simples inclui a troca do filtro da
cabine (também conhecido como filtro antipólen) e higienização do sistema. O
preço do serviço sai entre R$ 120 e R$ 200 para carros populares e demora cerca
de 40 minutos.
A função do filtro de cabine é
semelhante à do filtro do motor. Porém, no primeiro, em vez de o principal
beneficiado ser o propulsor, quem ganha com o bom funcionamento é o motorista,
que fica livre de poeira, bactérias e fungos causadores de mau cheiro e doenças
respiratórias. Nos carros que não utilizam o filtro de cabine, a revisão deve
ser feita a cada 18 meses.
Uma dica para saber se é preciso
antecipar a revisão do sistema de ar-condicionado é prestar atenção ao fluxo de
ar nos difusores do painel, se está contínuo ou com interrupções. Outra é ficar
de olho na potência do ventilador. Se o motorista está acostumado com uma determinada
força no “vento 1”, por exemplo, e de repente precisa passar para o “vento 2”
para ter o efeito desejado, é indício de mau funcionamento.
Dependendo do caso, se o sistema
estiver bastante afetado, deve-se retirar o painel para lavar uma peça chamada
núcleo do evaporador. Aí o preço sobe e o serviço demora até oito horas. “Para
limpar a caixa evaporadora tem de desmontar o painel do carro. O custo final
sai entre R$ 300 e R$ 450”, diz Edvaldo Langarine, gerente da loja 18 graus. Os
mecânicos de refrigeração ouvidos pela reportagem alertam para outro defeito: a
pressão de gás do ar-condicionado. Quando o automóvel está sem gelar, é quase
certo que o problema está no vazamento de gás. Para saber se essa é a causa,
basta fazer um teste rápido em lojas especializadas.
Jornal do Commercio
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