Entregas acumuladas na estatal
equivalem a oito dias de carga postal. TST julga ação contra estatal dia 12
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Paralisação dos Correios é a mais longa da história (Breno Fortes/CB/D.A Press) |
Paralisação dos Correios é a mais
longa da história
A paralisação dos funcionários
dos Correios, em 17 estados, já chega ao 38º dia. Nas agências de Pernambuco, o
atraso na entrega equivale a 8 dias de carga postal. Apenas as encomendas
expressas como Sedex, malotes e telegramas estão em dia.
Para evitar um acúmulo maior das
correspondências, a estatal vai promover um mutirão, hoje e amanhã.
Segundo o
Sindicato dos Trabalhadores dos Correios e Telégrafos de Pernambuco
(Sintect-PE), essa é a greve mais longa já deflagrada pela categoria que no
estado tem 4 mil empregados.
O fim da paralisação só será decidido após o
julgamento de uma ação contra os Correios no Tribunal Superior do Trabalho
(TST), marcado para o dia 12.
No levantamento da sexta-feira
realizado pelos Correios, 96,19% do efetivo nacional não aderiram à
paralisação, o equivalente a 120.642 trabalhadores. No estado, a adesão é
maior. Segundo os números apurados pelo sistema eletrônico de presença, 75,42%
do pessoal trabalhou ontem, o que corresponde a 2.941 empregados. A maior parte
dos grevistas está concentrada na área de distribuição: do total de 21.003
carteiros dos estados em greve, 4.250 não compareceram (20,24%). Em Pernambuco,
dos 1.443 carteiros previstos, cruzaram os braços 809 (56,06%).
Considerando a média de dois
milhões de cartas e encomendas comerciais, estima-se um volume de 16 milhões de
correspondências que ainda não chegaram ao destino. Para o mutirão haverá
realocação de funcionários de outras áreas. O trabalho será voluntário e
remunerado com horas extras. Nas agências, entretanto, o atendimento está
normalizado. Todos os serviços estão disponíveis, inclusive o Sedex, com
exceção da entrega com hora marcada em algumas localidades.
O objeto da greve não é reajuste
salarial. De acordo com Jorge Ramos, diretor do Sintect-PE, a empresa
descumpriu um acordo coletivo, promovendo mudanças no plano de saúde sem
consultar a categoria, que passaria a pagar uma mensalidade, além do já
existente sistema de coparticipação. À imprensa, a estatal nega que tenha
implementado a cobrança de mensalidade ou privatizado o plano.
Diario de Pernambuco
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