A Operação Gol de Placa, da
Polícia Civil de Pernambuco, que visa prender membros de torcidas organizadas
envolvidos em vandalismo, tumulto, dano ao patrimônio público e privado, entre
outros crimes, continua em busca de mais quatro suspeitos.
A ação que investiga
duas das principais torcidas organizadas do Recife, Jovem (Sport) e Fanáutico
(Náutico), foi divulgada na manhã desta sexta-feira (23). No total, foram
expedidos seis mandados de prisão preventiva, mas até agora apenas duas pessoas
foram presas. As investigações continuam.
W. S. D, 22 anos, e D. M. C. L,
24, são da Fanáutico, já foram presos e estão na sede da Coordenadoria de
Operações e Recursos Especiais (Core). Em breve, os dois serão encaminhadas ao
Cotel. Todos os mandados de prisão são por dano ao patrimônio público e
privado, formação de quadrilha e provocação de tumulto. As penas podem chegar
até 10 anos de prisão.
Entre os foragidos estão o
presidente e o vice-presidente da torcida organizada do Sport, além de um
diretor e outro torcedor. Depoimentos e filmagens de câmeras de segurança
ajudaram a identificar e comprovar o envolvimento dos suspeitos.
As investigações iniciaram no dia
20 de julho de 2013. Quando a torciada da Jovem invadiu a sede da Fanaútico e
depois os fanáuticos invadiram a sede da Jovem. Houve baderna, dano e
vandalismo. Mas devido à burocracia, a greve da Polícia Militar, entre outros
fatores, os mandados que deveriam ter sido crumpridos na semana passada só
puderam ser cumpridos esta semana. Para José Silvestre, Diretor do Core, todas
as torcidas têm envolvimento com problemas. "Outras investigações estão
sendo realizadas, mas neste momento apenas estas torcidas do Sport e do Náutico
participam do processo", explicou o diretor.
De acordo com o chefe da unidade
de Operações Especiais da delegacia de Repressão à Intolerância Esportiva,
Diogo Faria, "Ainda será avaliado pela Justiça se cabe fiança ou não. Mas,
pelo relatório das penas, não caberia fiança", comenta. Para Diogo, como o
Tribunal de Justiça publicou o processo na sua página oficial, desde o dia 21
de maio, os foragidos já devem ter tido acesso às informações e, por isso,
fugiram.
Alguns dos suspeitos têm
registros TCOs (Termo Circunstanciado de Ocorrência) - no qual sofrem
penalidades leves, como ficar proibido de ir a jogos durante certo período.
Mas, nenhum tinha sido preso antes.
OPERAÇÃO - Após 29 dias de um
jovem ter sido atingido por uma privada, na saída de um jogo no Arruda, a
operação Gol de Placa surge na tentativa de conter a violência entre as
torcidas dos times Náutico, Sport e Santa Cruz. Mesmo não tendo relação com
este processo divulgado nesta sexta-feira (23), a operação relembra uma ação
feita pela Polícia Civil no dia 9 de maio. Na data, quatro homens e duas
mulheres que se encontravam no local no momento da abordagemforam levados para
depoimento. Além disso, foram apreendidos vários materiais, inclusive um
cassetete e uma faca.
Do NE10
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