Do Mundibite
Para os resíduos sólidos que não
podem ser reciclados ou reutilizados, a solução é levá-los para um local onde
eles serão tratados para, então, serem “armazenados”. Para explicar o
funcionamento de um aterro sanitário, vamos utilizar o exemplo do de Muribeca,
em Jaboatão dos Guararapes, onde é depositado o lixo produzido pelos habitantes
da capital pernambucana.
Após serem recolhidos nas casas
das pessoas pela Emlurb, o caminhão leva os resíduos sólidos para o aterro
sanitário. Lá, ele é disposto. Embaixo de todo o lixo, no entanto, foram
construídas estruturas para recolher dois materiais perigosos: o chorume
(líquido poluente originado da decomposição de resíduos orgânicos, de cor
escura e odor ruim) e o gás metano (gerado pela fermentação de matéria orgânica).
Segundo Mariano Aragão, o aterro
de Muribeca possui um dos sistemas de tratamento de chorume mais modernos do
país, em que, após passar pelo tratamento, praticamente transforma o que seria
extremamente nocivo para os mananciais, em água. Já o gás metano representa um
grande perigo para o efeito estufa e, por isto, tem que ser coletado antes de
chegar à atmosfera.
Em Muribeca, o gás é captado
através de tubulações e, em seguida, queimado, o que pode ser considerado um
desperdício. “O gás metano pode ser usado na produção de energia, mas, no
Brasil, só encontramos este tipo de destino do gás em São Paulo”, completou
Mariano. Após as devidas precauções em relação ao chorume e ao metano, para que
o lixo não fique exposto, é jogada uma camada de argila.
“Desta forma ele é confinado
totalmente e possibilita um controle de que o chorume de fato será coletado,
assim como o metano”, ressaltou. Mariano explica também que, nos lixões, não é
realizado nenhum tipo de tratamento dos resíduos sólidos, o que justifica o
fechamento de muitos deles.

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