segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Sindicato dos Rodoviários confirma que não haverá nova paralisação até julgamento de dissídio

Foto: JC Imagem

No último dia 22, passageiros foram pegos de surpresa com a paralisação dos rodoviários

 Em coletiva realizada na sede do Sindicato dos Rodoviários, em Santo Amaro, área central do Recife, na manhã desta segunda-feira (1º), o presidente eleito do sindicato Benilson Custódio garantiu que não haverá novas paralisações até o julgamento do dissídio coletivo, marcado para o próximo dia 8.

Ainda de acordo com Benilson, a categoria aguardará a decisão tomada no dissídio para informar a data de novas assembleias. Custódio afirmou que uma nova reunião de conciliação entre patrões e rodoviários está marcada para esta terça-feira (2), ao meio-dia, na sala de sessões do Tribunal Superior do Trabalho (TST). Ainda não há informações sobre o que será discutido na reunião, porém, de acordo com Custódio, no último despacho divulgado pelo TST foi declarado que as paralisações realizadas pela categoria não são ilegais.

Sobre a dissidência que há dentro da categoria, Benilson afirma que o sindicato não pode arcar com as consequências dos movimentos realizado por terceiros que incentivam movimentos diversos.

Está previsto que no próximo dia 5 os rodoviários recebam o salário com o pagamento dos 10% retroativo ao mês de julho - sem aumento de 75% no tíquete-alimentação (que passaria de R$ 171,20 para R$ 300). Na próxima segunda-feira (8), o TST irá julgar se mantém os 10% e o valor do tíquete alimentação.

DECISÃO - No último dia 21, o TST havia suspendido provisoriamente o reajuste salarial de 10% concedido aos motoristas, cobradores e fiscais de ônibus na Região Metropolitana do Recife no dia 30 de julho. A medida causou protestos e paralisações de ônibus na Região Metropolitana do Recife. Cinco dias depois, o ministro Barros Levenhagem reconsiderou a decisão e manteve o reajuste salarial concedido em decisão do Tribunal Regional do Trabalho de Pernambuco (TRT-PE).

Assim, ficam mantidos os pisos de R$ 1.765,50 para motoristas, R$ 1.141,69 para fiscais despachantes e R$ 812,13 para os cobradores. A decisão também inclui o tíquete-alimentação, diárias, auxílio-funeral e indenização por morte ou invalidez, restringindo o reajuste a 6% até pronunciamento definitivo da Seção Especializada em Dissídios Coletivos (SDC) do TST.



PARALISAÇÃO -  Na última segunda-feira (25), os rodoviários cruzaram os braços também no período das 4h às 8h. Nesse horário, nenhum ônibus saiu das garagens das empresas e as paradas ficaram lotadas. Os terminais integrados só abriram após o fim da paralisação e os usuários tiveram dificuldade para chegar aos seus destinos. Na sexta-feira (22), uma paralisação surpresa provocou protestos e um coletivo incendiado. De acordo com o sindicato dos rodoviários, a categoria vai continuar mobilizada até que o julgamento do mérito do dissídio coletivo dos trabalhadores, previsto para o dia 8 de setembro no Tribunal Superior do Trabalho (TST), em Brasília.

Na última terça-feira (26), o ministro do TST Barros Levenhagem reconsiderou a decisão que suspendeu o reajuste de 10% para motoristas e cobradores, mas manteve o efeito suspensivo quanto às demais cláusulas do despacho anterior, relativo a tíquete-alimentação, diárias, auxílio-funeral e indenização por morte ou invalidez, restringindo o reajuste a 6% até pronunciamento definitivo do TST.

Assim, o aumento de 75% no tíquete-refeição (de R$ 171 para R$ 300 no mês) concedido pelo Tribunal Regional da 6ª Região (TRT-PE) em 30 de julho continua sem valer. Com a reconsideração, ficam mantidos os pisos de R$ 1.765,50 para motoristas, R$ 1.141,69 para fiscais despachantes e R$ 812,13 para os cobradores.


Do JC Trânsito

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