Foto: Guga Matos/JC Imagem
O Santa Cruz engrenou a partir
dos dez minutos finais do primeiro tempo e fez um verdadeiro baile vermelho,
preto e branco diante do Vila Nova, nesta terça-feira (28), na Arena
Pernambuco, em jogo válido pela 32ª rodada da Série B. O placar de 5×1 deixou o
tricolor em quinto lugar com 51 pontos, apenas um a menos que o quarto
colocado, o Avaí. No próximo sábado, o jogo que pode valer o G4 será novamente
no estádio da Copa, diante do América-RN.
O técnico Oliveira Canindé
preferiu improvisar Bileu na lateral do que acionar o especialista Nininho na
lateral direita. Com isso, abriu uma vaga no meio para Natan. Perdeu muito em
pegada no setor de criação. Por isso, o Vila não foi o time acuado que alguns
poderiam esperar. Essa característica menos marcadora do setor fez com que o
time da casa cometesse mais faltas que o habitual. O jogo terminou preso, com
muito perde-ganha e incapacidade de os dois times finalizarem.
Além da falta de pegada, o
tricolor perdeu muito de seu jogo pelo lado direito. Já que Bileu não tem a
mesma característica ofensiva de Tony, o time abusou das jogadas no lado
oposto, onde caíam Keno, Wescley e Tiago Costa. Uma das soluções seria deslocar
Keno ou Wescley para fazer as jogadas com Danilo Pires. De tanta insistência, o
gol saiu pelo lado mais explorado.
Aos 34 minutos, Leo Gamalho sofreu falta a
poucos centímetros da linha lateral de grande área. Danilo Pires bateu e Renan
Fonseca apareceu em velocidade no segundo pau para soltar uma bomba de cabeça.
O goleiro ainda tocou na bola mas foi inútil.
Na primeira vez que a bola saiu
redonda pelo lado direito o aproveitamento foi perfeito. Aos 37, Natan, até
então desaparecido na partida, tabelou em velocidade com Danilo Pires. Ele
chutou cruzado e o desvio em Christiano foi crucial para Cléber Alves não
alcançar a bola. A inspiração baixou na reta final da etapa e a porteira se
abriu. Aos 41, Leo Gamalho bateu pênalti no canto direito que Danilo Pires
havia sofrido. Em sete minutos, o Santa Cruz transformou um jogo enjoado em
vitória categórica.
Na volta para o segundo tempo, o
Vila Nova veio logo ao ataque e conseguiu um gol aos nove minutos numa bela
linha de passe que terminou com a conclusão de Leonardo. Foi apenas um susto,
de acordo com o que viria depois. Aos 14, Keno fez jogada individual e foi à
linha de fundo até Paulinho deixar a bola para lá e atirar-se em cima do
atacante tricolor. Pênalti de novo. Leo Gamalho bateu e trocou o lado: canto
superior esquerdo: 4×1. Entre a marcação da penalidade e a cobrança, Jheimy foi
expulso por reclamar sistematicamente com o árbitro.
Dois minutos depois, Bileu fez a
primeira jogada de lateral e acertou um passe cirúrgico para Keno, na linha
frontal de pequena área concluir sem dó nem piedade para Cléber Alves. Os
jogadores do Santa Cruz passou a administrar e Radamés também perdeu a cabeça
aos 41. Deixou o braço em cima de Alemão e foi para o vestiário mais cedo.
Por ele e por Tony
A dupla infernal formada por Tony
e Danilo Pires entrou em campo pela matade por causa da suspensão do lateral.
Com Bileu mais para defender do que apoiar o ataque, o lado direito sofreu
durante mais de meia hora até Danilo decidir jogar por ele e pelo companheiro.
Trombou driblou e chutou. Assim marcou o segundo gol e sofreu o pênalti para
Leo Gamalho anotar o terceiro.
O Bem Amado
A qualidade do futebol está em
baixa há um bom tempo, mas depois do quinto gol a torcida tricolor rugiu em
uníssono o nome de seu xodó: “Ah! É Caça Rato!” Oliveira Canindé, que não é
bobo, atendeu prontamente e cada vez que CR7 tocava na bola a Arena Pernambuco
vinha abaixo.
Eles estão descontrolados
O ex-volante do Náutico, Radamés,
tem ares de dono do time do Vila Nova. Tanto que no segundo tempo virou o
principal articulador do meio de campo. Mas o baile fez o sangue ferver e numa
dividida com Alemão, deixou o braço no peito do defensor coral. Expulso direto.
Na confusão do segundo pênalti tricolor, o ex-rubro-negro Jheimy falou poucas
para o juiz e levou amarelo. Falou boas e terminou vermelho.
Artilheiro
Os dois gols de pênalti fizeram
com que o atacante Leo Gamalho igualasse Tiago Real, que defendeu o Náutico no
ano passado, na artilharia da Arena Pernambuco, com seis gols. O camisa nove
tricolor terá mais duas oportunidades para isolar-se como goleador do estádio
já que atuará lá mais duas vezes: no sábado contra o América-RN e o clássico
diante do próprio Náutico.
Ficha do jogo:
Santa Cruz: Tiago Cardoso; Bileu,
Alemão, Renan Fonseca e Tiago Costa; Sandro Manoel, Danilo Pires (Cassiano),
Natan e Wescley (Aílton); Leo Gamalho (Flávio Caça Rato) e Keno. Técnico:
Oliveira Canindé.
Vila Nova/GO: Cléber Alves;
Arthur, Gustavo, Gabriel e Christiano; Leonardo, Radamés, Léo Rodrigues, Lucas
Sotero (Felipe Macena) e Paulinho (João Paulo); Jheimy. Técnico: Wladimir
Araújo.
Local: Arena Pernambuco. Árbitro:
Eduardo Cordeiro Guimarães (RJ). Assistentes: Jackson Massarra dos Santos (RJ)
e Marcio Luiz Augusto (SP). Gols: Renan Fonseca, aos 34; e Danilo Pires, aos
37; Leo Gamalho, aos 41 do primeiro. Leonardo, aos nove; Leo Gamalho, aos 14;
Keno, aos 16 do segundo. Cartões amarelos: Danilo Pires, Wescley, Cléber Alves
e Arthur. Expulsões: Radamés e Jheimy.
Blog do Torcedor
Nenhum comentário:
Postar um comentário