O escritório norte-americano de
advocacia Levi & Korsisnky entrou com mais uma ação judicial coletiva
contra a Petrobras em Nova York, acusando a companhia de falhar em impedir a
corrupção em sua estrutura e ter superfaturado seus ativos no balanço. É o
décimo processo do tipo contra a estatal nos Estados Unidos.
Agora cabe aos detentores de
ADRs, que são recibos de ações negociados no mercado norte-americano, entrarem
ou não com a ação contra a empresa com base nos processos já abertos. Os
investidores que detinham posição entre maio de 2010 e novembro deste ano poderão
participar.
Além do Levi & Korsisnky,
outros nove escritórios tomaram a mesma decisão: Wolf Popper, Rosen Law Firm,
Pomerantz Law Firm, Brower Piven, Khan Swick & Foti (KSF), Glancy Binkow
& Goldberg, Bronstein Gewirtz & Grossman, Faruqi & Faruqi e Morgan
& Morgan.
No dia 8 de dezembro, a Wolf
Popper LLP anunciou que entrou com uma ação coletiva contra a Petrobras em um
tribunal no distrito de Nova York, em nome de todos os investidores que
compraram ações da empresa entre maio de 2010 e novembro de 2014.
Violação de normas
A acusação foi por violação das
normas da Securities and Exchange Commission (SEC) – órgão que regula o mercado
de capitais nos Estados Unidos e que, no Brasil, seria correspondente à
Comissão de Valores Mobiliários (CVM). A Petrobras tem ações negociadas nos
mercados de Nova York, o que justifica o interesse dos EUA nas denúncias.
Segundo a acusação, a Petrobras
divulgou aos investidores informações enganosas, "desvirtuando fatos e não
informando a cultura de corrupção na companhia que consistiu em um esquema
multibilionário de suborno e lavagem de dinheiro" que acontece na empresa
desde 2006.
Em novembro, a SEC já havia
solicitado à Petrobras documentos relativos a uma investigação que o próprio
órgão dos EUA está fazendo sobre a empresa brasileira.
Em comunicado divulgado na
ocasião, a petroleira informou que os documentos seriam enviados "após um
trabalho conjunto com o escritório nacional Trench, Rossi e Watanabe Advogados
e com o norte-americano Gibson, Dunn & Crutcher, já contratados pela
Petrobras para fazer uma investigação interna independente".
No dia 10 de novembro, o jornal
britânico "Financial Times" informou que o Departamento de Justiça
dos Estados Unidos abriu uma investigação criminal contra a Petrobras por conta
das denúncias de corrupção na companhia.
Do G1
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