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Como consequência da auditoria, a CGU determinou que a
Petrobras instaure processos para cobrar os prejuízos
A CGU (Controladoria-Geral da União), órgão de controle do
governo federal, confirmou que a Petrobras teve um prejuízo bilionário na
aquisição da refinaria de Pasedena, nos EUA.
O órgão apontou em relatório
finalizado hoje que a estatal pagou US$ 659 milhões (R$ 1,8 bilhão) a mais pela
aquisição da companhia nos EUA. O valor é menor que os US$ 792 milhões (R$ 2,1
bilhões) de prejuízo apontado pelo TCU (Tribunal de Contas da União) na
investigação dessa compra da refinaria. Mas confirma os mesmos argumentos que
levaram o órgão de controle externo ligado ao legislativo a fala de prejuízo. A
Petrobras está contestando a condenação do TCU.
O principal argumento da Controladoria para apontar o
prejuízo na compra é que a Petrobras não se baseou numa avaliação de uma
companhia internacional contratada por ela para avaliar o preço da refinaria e
pagou por ela pela rentabilidade que a estatal imaginava que Pasadena teria com
os investimentos que a própria Petrobras iria fazer. Também foi apontado que a
Petrobras aceitou cláusulas benéficas à sua então sócia na companhia, a belga
Astra Oil.
A CGU afirma ainda que o conselho de administração, do qual
a presidente Dilma Rousseff fazia parte na época da compra como ministra da
Casa Civil, sequer foi informado da avaliação dessa companhia.
Como consequência da auditoria, a CGU determinou que a
Petrobras instaure processos para cobrar os prejuízos. A auditoria apontou 22
nomes como responsáveis pela aquisição, contra os quais a empresa terá que
abrir processo administrativo que poderá levar à demissão do empregado. Entre
os 22 que serão investigados estão o ex-presidente da empresa, José Sérgio
Gabrielli, e os ex-diretores Nestor Cerveró, Paulo Roberto Costa, Renato Duque
e Jorge Zelada.
Da Folhapress
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