O salário mínimo no valor de R$
788,00 fixado pela presidente Dilma Rousseff ficou abaixo do esperado pelo
Congresso Nacional, que estimava o valor em R$ 790,00 para fixação do Orçamento
de 2015, ainda não aprovado. A diferença de R$ 2,00 proporcionará uma economia
de R$ 752,8 milhões em relação à previsão de gastos do Legislativo, segundo
cálculos do consultor da Câmara dos Deputados Leonardo Rolim.
O valor estabelecido por Dilma
nesta terça-feira (30) é, inclusive, ligeiramente inferior ao previsto pelo
próprio governo em agosto deste ano, quando a proposta do Orçamento de 2015 foi
enviada ao Congresso. Na ocasião, o valor era R$ 788,06.
O valor do mínimo, porém, ainda é
provisório, segundo frisou Rolim. Isso porque o piso é reajustado conforme o
crescimento da economia de dois anos atrás, mais a variação da inflação deste
ano, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). Essa ainda não
está apurada, por isso o governo usou uma estimativa. Mas, se ela se revelar
inferior ao resultado, o mínimo será recalculado.
Segundo o consultor, não se pode
entender que a presidente enfrentou o Legislativo ao estabelecer um valor
abaixo daquele esperado pelos parlamentares. "Ela apenas cumpriu a
lei", disse, referindo-se à correção conforme a inflação e o crescimento
da economia.
Rolim disse ainda que, mesmo
trabalhando com um mínimo mais robusto, os cálculos do Congresso para as
despesas atreladas ao piso salarial ainda estavam subestimados. Especialistas
apontam que o governo, ao construir sua proposta de Orçamento para 2015, puxou
para baixo a estimativa de diversos gastos e exagerou na expectativa de
arrecadação, para conseguir fechar as contas.
Estadão Conteúdo
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