O CAUTELOSO SIMON
Respeitado,
experiente, ético e competente, o ex-senador Pedro Simon (PMDB-RS) não compõe a
fauna dos políticos açodados, que falam o que não devem e que querem ver o
circo pegando ao fogo com a defesa, estapafúrdia, neste momento, da instalação
do processo de impeachment de Dilma.
Numa
longa entrevista, ontem, a este blogueiro, Simon alertou o Congresso. Para ele,
se a temática do afastamento da presidente viesse a entrar na ordem do dia o
parlamento estaria contribuindo fortemente para incendiar o País. “Acho que a
pior coisa que pode acontecer, neste momento, é o Congresso começar a falar em
impeachment, porque aí incendeia tudo, pega fogo e eu não sei como termina”,
afirmou.
E
acrescentou: “O que eu acho é que neste momento a gente quer e precisa dos jovens
nas ruas, a mocidade na rua. Com essas redes sociais e televisão, os jovens
precisam dizer que querem o diálogo e o entendimento. Querem apresentar uma
plataforma, uma pauta para ser discutida pelo povo brasileiro. Uma pauta onde
esteja fim da corrupção”.
Simon,
que veio a Pernambuco fazer uma palestra sobre a conjuntura nacional, atendendo
convite do grupo empresarial Lide, do meu amigo Drayton Nejaim Filho, acha que,
ao contrário de se pregar o impeachment, o que se deve fazer é encontrar uma
forma de estimular a população e o Congresso para uma pauta moralizadora pata
se votar urgentemente.
“Uma
pauta onde esteja o combate a corrupção, a extinção de alguns partidos para um
número razoável de partidos, o fim do dinheiro das empresas e empreiteiras nas
campanhas eleitorais, uma pauta onde a eleição de deputado não possa ser como é
hoje, que é um escândalo”, afirmou.
Experiente
como é, o senador sabe também que o agravamento da crise nacional, em
consequência do escândalo na Petrobras, pode estimular uma onda pelo
impeachment só numa condição: se houver o clamor das ruas como nas diretas, já,
e na era Collor.
INSTITUTO– Após tomar café da manhã ontem com
o senador Pedro Simon num hotel da zona sul, o ex-governador João Lyra Neto
(PSB) anunciou que criará até junho o Instituto Fernando Lyra, ideia do senador
Cristovam Buarque (PDT-DF). Deixou a entender que nasce para alavancar a sua
candidatura a senador em 2018.
CONCORRENTES DE LYRA– Para o Senado em 2018, onde
estarão em disputa duas vagas, o PSB tem dois outros nomes além do
ex-governador João Lyra Neto: Danilo Cabral, que se licenciou da Câmara Federal
para assumir a pasta de Planejamento, e a ministra do Tribunal de Contas da
União, Ana Arraes.
AFASTAMENTO JÁ – Diferentemente do que pensa Pedro
Simon, o PSDB decidiu apostar no impeachment da presidente Dilma. O líder no
Senado, Cássio Cunha Lima, defende essa bandeira. Nas redes sociais, está sendo
convocado um protesto para 15 de março. A ideia é repetir junho de 2013 e levar
milhões às ruas pedindo “Fora, Dilma”.
DESAFIOS MUNICIPAIS– Reeleito, ontem, para mais um
mandato à frente da Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe), o prefeito
José Patriota (PSB), de Afogados da Ingazeira, tem pela frente um grande
desafio: convencer o Congresso a aumentar o repasse do FPM de 1% para 2% e
evitar medidas que possam agravar a crise municipal.
MILHO SUBSIDIADO– Na primeira audiência que teve com
a ministra da Agricultura, Kátia Abreu, o secretário estadual de Agricultura,
Nilton Mota, priorizou o clamor dos criadores de gado, pedindo que o Governo
reedite a Medida Provisória concedendo subsídio para a compra do milho
disponibilizado pela Conab.
CURTAS
TOYOTA– O governador Paulo Câmara (PSB) assina,
hoje, protocolo de intenções para a implantação de um centro de distribuição de
veículos da Toyota, localizado próximo ao Complexo Portuário de Suape. Será às
11 horas, no Palácio das Princesas, com a presença do presidente da Toyota no
Brasil, Koji Kondo.
ARCOVERDE– A prefeita de Arcoverde, Madalena
Brito (sem partido), será recebida em audiência, hoje, no Palácio das
Princesas, pelo governador Paulo Câmara. Na pauta, projetos que pretende tocar
no município em parceria com o Estado.
PERGUNTAR NÃO OFENDE: Que conselhos Lula dará a Dilma
para tentar superar o maior escândalo da história do País?
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