quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Blog de Magno Martins: Coluna da quarta-feira

O CAUTELOSO SIMON
Respeitado, experiente, ético e competente, o ex-senador Pedro Simon (PMDB-RS) não compõe a fauna dos políticos açodados, que falam o que não devem e que querem ver o circo pegando ao fogo com a defesa, estapafúrdia, neste momento, da instalação do processo de impeachment de Dilma.

Numa longa entrevista, ontem, a este blogueiro, Simon alertou o Congresso. Para ele, se a temática do afastamento da presidente viesse a entrar na ordem do dia o parlamento estaria contribuindo fortemente para incendiar o País. “Acho que a pior coisa que pode acontecer, neste momento, é o Congresso começar a falar em impeachment, porque aí incendeia tudo, pega fogo e eu não sei como termina”, afirmou.

E acrescentou: “O que eu acho é que neste momento a gente quer e precisa dos jovens nas ruas, a mocidade na rua. Com essas redes sociais e televisão, os jovens precisam dizer que querem o diálogo e o entendimento. Querem apresentar uma plataforma, uma pauta para ser discutida pelo povo brasileiro. Uma pauta onde esteja fim da corrupção”.

Simon, que veio a Pernambuco fazer uma palestra sobre a conjuntura nacional, atendendo convite do grupo empresarial Lide, do meu amigo Drayton Nejaim Filho, acha que, ao contrário de se pregar o impeachment, o que se deve fazer é encontrar uma forma de estimular a população e o Congresso para uma pauta moralizadora pata se votar urgentemente.

“Uma pauta onde esteja o combate a corrupção, a extinção de alguns partidos para um número razoável de partidos, o fim do dinheiro das empresas e empreiteiras nas campanhas eleitorais, uma pauta onde a eleição de deputado não possa ser como é hoje, que é um escândalo”, afirmou.

Experiente como é, o senador sabe também que o agravamento da crise nacional, em consequência do escândalo na Petrobras, pode estimular uma onda pelo impeachment só numa condição: se houver o clamor das ruas como nas diretas, já, e na era Collor.

INSTITUTO– Após tomar café da manhã ontem com o senador Pedro Simon num hotel da zona sul, o ex-governador João Lyra Neto (PSB) anunciou que criará até junho o Instituto Fernando Lyra, ideia do senador Cristovam Buarque (PDT-DF). Deixou a entender que nasce para alavancar a sua candidatura a senador em 2018.

CONCORRENTES DE LYRA– Para o Senado em 2018, onde estarão em disputa duas vagas, o PSB tem dois outros nomes além do ex-governador João Lyra Neto: Danilo Cabral, que se licenciou da Câmara Federal para assumir a pasta de Planejamento, e a ministra do Tribunal de Contas da União, Ana Arraes.


AFASTAMENTO JÁ – Diferentemente do que pensa Pedro Simon, o PSDB decidiu apostar no impeachment da presidente Dilma. O líder no Senado, Cássio Cunha Lima, defende essa bandeira. Nas redes sociais, está sendo convocado um protesto para 15 de março. A ideia é repetir junho de 2013 e levar milhões às ruas pedindo “Fora, Dilma”.

DESAFIOS MUNICIPAIS– Reeleito, ontem, para mais um mandato à frente da Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe), o prefeito José Patriota (PSB), de Afogados da Ingazeira, tem pela frente um grande desafio: convencer o Congresso a aumentar o repasse do FPM de 1% para 2% e evitar medidas que possam agravar a crise municipal.

MILHO SUBSIDIADO– Na primeira audiência que teve com a ministra da Agricultura, Kátia Abreu, o secretário estadual de Agricultura, Nilton Mota, priorizou o clamor dos criadores de gado, pedindo que o Governo reedite a Medida Provisória concedendo subsídio para a compra do milho disponibilizado pela Conab.


CURTAS

TOYOTA– O governador Paulo Câmara (PSB) assina, hoje, protocolo de intenções para a implantação de um centro de distribuição de veículos da Toyota, localizado próximo ao Complexo Portuário de Suape. Será às 11 horas, no Palácio das Princesas, com a presença do presidente da Toyota no Brasil, Koji Kondo.

ARCOVERDE– A prefeita de Arcoverde, Madalena Brito (sem partido), será recebida em audiência, hoje, no Palácio das Princesas, pelo governador Paulo Câmara. Na pauta, projetos que pretende tocar no município em parceria com o Estado.


PERGUNTAR NÃO OFENDE: Que conselhos Lula dará a Dilma para tentar superar o maior escândalo da história do País?

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