E o
presidente Eduardo Cunha pediu que volte às comissões da Câmara projeto de lei
que cria o Dia do Orgulho Heterossexual.
Em 2011, o
então prefeito, Gilberto Kassab vetou proposta similar aprovada na Câmara,
alegando que a data seria discriminatória.
O lobby dos
gayzistas é forte. Os militantes abominam qualquer proposta desse tipo e a
consideram uma ofensa e uma forma de preconceito aos homossexuais, que, por
sinal, já têm um dia em sua homenagem: 28 de junho, o Dia Internacional do
Orgulho Gay.
Sinceramente,
é muita polêmica para tamanha banalidade!
Num país
que celebra tantas bizarrices como o dia da baiana do acarajé, o dia do cantor
de música sertaneja, o dia do eletricitário gaúcho, o dia do fusca, e o dia da
anestesia geral, uma data a mais uma data a menos para comemorar não vai fazer
a mínima diferença.
Se gays
sentem tanto orgulho de sua escolha sexual e fazem questão de hastear sua
bandeira colorida no dia 28 de junho, porque os heteros não poderiam ter,
igualmente, um data especial para chamar de sua no calendário de
excentricidades brasileiras?
Isso me
cheira a intolerância, algo que, definitivamente, não combina com a
liberalíssima agenda LGBT, cuja luta histórica é exatamente contra a segregação
e o preconceito.
A proposta
de Eduardo Cunha não passa de uma reação à tentativa de se atribuir direitos
especiais à comunidade gay em detrimento dos demais cidadãos. A bancada LGBT
criou um precedente perigoso ao propor uma legislação que criminaliza a
homofobia e garante privilégios legais exclusivos aos gays. Diante disso, o que
impede a bancada conservadora de resguardar os direitos dos heterossexuais,
criando leis que também criminalizem o preconceito contra os não-gays?
Particularmente,
acho ambos os projetos inócuos.
Já temos
uma legislação que pune ameaças, preconceito, injúria, calúnia, difamação e
violência contra todo e qualquer cidadão, independente de gênero ou opção
sexual.
O fato é
que estamos dividindo o país em castas de cidadãos, uns mais especiais que
outros, com direitos exclusivos, privilégios privativos... Assim, vamos atropelando
a Constituição que dá, a todos os brasileiros, pretos e brancos, homens e
mulheres, gays ou heteros, as mesmíssimas garantias.
Se somos
todos iguais perante a lei porque tantas dissenções? A quem interessa uma
sociedade fragmentada entre negros e brancos, ricos e pobres, patrões e
empregados, agricultores e sem tetos, liberais e conservadores, gays e heteros?
Dividida,
uma nação enfraquece e não subsiste. Aliás, dividir para conquistar é um
conceito usado por muitos tiranos e ditadores para alcançar o poder absoluto.
Está na hora de deixar as diferenças de lado e voltar a unir o país.
Blog da RACHEL SHEHERAZADE
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