Aspiração de mosquito/ Ricardo Labastier/ JC Imagem |
Em menos de quatro meses, a
frequência de adoecimento dos pernambucanos por dengue já ultrapassou a de todo
o ano passado. Nos 12 meses de 2014, 17.351 pessoas apresentaram sintomas da
doença. De janeiro até o início de abril de 2015 já chega a 22.324 o número de
doentes contabilizados pela Secretaria Estadual de Saúde.
De acordo com a coordenadora
estadual de Combate à Dengue, Claudenice Pontes, o aumento em relação ao mesmo
período do ano anterior é de 433,9% e a tendência é as notificações aumentarem,
com a maior divulgação da enfermidade. No último dia 22 de abril, a secretaria
emitiu um comunicado alertando médicos e outros profissionais de saúde para que
considerem como suspeitos de dengue todos os casos de virose com manchas
vermelhas na pele.
É que está havendo manifestações
atípicas da doença e isso vem confundindo médicos das emergências, que acabam
suspeitando de rubéola, sarampo e febre chikungunya.
Depois de uma investigação
iniciada no mês passado, epidemiologistas têm constatado, a partir de exames
laboratoriais, que se trata mesmo é de dengue. Já houve dois casos em que se
comprovou até co-infecção, ou seja, o doente infectado por dois vírus de dengue
ao mesmo tempo.
“Os estudos têm mostrado que não há outro arbovírus (vírus transmitido por mosquito) em circulação no Estado”, explica Claudenice. Esse monitoramento que as autoridades sanitárias estão fazendo deve ajudar o Ministério da Saúde a compreender o fenômeno observado em outros Estados do Nordeste também.
Claudenice pede para que os
médicos notifiquem os casos suspeitos de dengue. “Isso é importante para que
possamos direcionar as ações de combate”, destaca.
Jornal do commercio
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