Foto: Divulgação. |
Uma equipe de pesquisadores
desenvolveu o relógio atômico mais preciso do mundo, que não varia nem um
segundo em 15 bilhões de anos, mais do que a idade estimada do universo –
relatou um estudo publicado nesta terça-feira (21).
A precisão deste novo pêndulo
mais do que triplicou em comparação a 2014, quando ele já havia batido um
recorde, segundo estudo publicado na revista científica Nature Communications.
Também é quase 50% mais estável, mais um recorde, de acordo com um comunicado
do Instituto Nacional de Padrões e Tecnologia (NIST, na sigla em inglês).
“Esta estabilidade melhorada não
só levará a precisão de tempo para um novo nível”, diz o estudo. Ela também irá
permitir que o relógio atômico um dia substitua a atual medição do tempo de
referência, o relógio atômico de césio fonte.
Relógio é usado para mapear a Terra e serve de base para todas as marcações de hora. (Foto: Divulgação). |
A precisão na medição do tempo
tem um impacto potencial em nossas vidas diárias, incluindo as tecnologias de
posicionamento global como o GPS. Ela também apresenta desafios científicos em
diferentes áreas de pesquisa, como a física quântica.
Como todos os pêndulos, os
relógios atômicos realizam a medição do tempo com base no comprimento de um
segundo correspondente a um fenômeno físico que se repete regularmente. No
dispositivo desenvolvido pelo JILA, um instituto conjunto do NIST e da
Universidade do Colorado em Boulder, os pesquisadores prenderam alguns milhares
de átomos de estrôncio em uma rede óptica composta por feixes de laser.
Eles, então, detectaram 430
bilhões de batidas de estrôncio por segundo, mergulhando os átomos em um laser
vermelho.
Este relógio pode operar à
temperatura ambiente. “Este é, na verdade, um dos destaques da nossa abordagem,
no sentido de que podemos correr o relógio em uma configuração simples e
normal”, explica o pesquisador Jun Ye, co-autor do estudo, citado no
comunicado.
Este relógio é capaz de medir
mudanças ínfimas na passagem do tempo em diferentes altitudes, um fenômeno
gravitacional previsto por Albert Einstein um século atrás, disseram os
pesquisadores. “Nosso desempenho significa que podemos medir o desvio
gravitacional quando você levanta o relógio por dois centímetros da superfície
da Terra”, acrescenta Ye.
Por Mundobite/AFP
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