Foto: Rodrigo Goulart/Diário do Iguaçu |
Num jogo em que
os erros golearam os acertos, o Sport estreou com derrota na segunda fase do
Brasil ao cair por 2×0 diante da Chapecoense na noite desta quarta-feira (6),
na Arena Condá, em Chapecó (SC).
Com o resultado, os leoninos precisam vencer
por três gols de diferença na próxima semana, na Ilha do Retiro, para avançar à
terceira fase. Qualquer empate ou vitória rubro-negra por dois gols de vantagem
com a Chapecoense marcando (3×1, 4×2, etc.) dá a vaga aos catarinenses.
Mais do que
complicar a vida do time na competição, o jogo deixou uma perspectiva ruim para
o início do Campeonato Brasileiro. No próximo domingo, o time de Eduardo
Baptista encara o Figueirense, na Ilha.
Com a clara
estratégia do contra-atraque, o Sport teve muita dificuldade para levar a
teoria à prática. Claro que surgiram oportunidades, mas o setor de criação
pernambucano tinha imensa dificuldade em trabalhar a bola. Tanto que não
chegava nem a ameaçar finalizar, pois os erros de passes surgiam já no nascedouro
das jogadas. Quando conseguiu acertar uma sequência de quatro passes seguidos o
cronômetro já marcava 30 minutos do primeiro tempo. Oswaldo encontrou Samuel na
linha da pequena área mas ao dominar no peito o atacante não conseguiu
completar com o chute.
O time sentiu a
ausência de alguém no corredor central que organizasse a transição ofensiva.
Wendell tentou fazer esse papel e errou mais que acertou. Élber, meia de
origem, estava deslocado pelo lado esquerdo. Já a Chapecoense explorava o jogo
pelas duas laterais, dando muito trabalho a Renê e Oswaldo. Mas fazer a bola
chegar aos atacantes também foi difícil. Na melhor delas, Bruno Rangel recebeu
da esquerda e aproveitou que Páscoa não cortou para chutar no lado externo da
rede.
Na volta para o
segundo tempo, o técnico Vinícius Eutrópio tentou dar um pouco mais de
qualidade com a entrada de Maranhão no lugar de William Barbio, que tinha
dificuldade até para dominar a bola. Aos dez minutos, Samuel não aguentou uma
pancada na coxa sofrida no primeiro tempo e deixou o campo para entrada de
Régis. O problema é que, mais uma vez, o camisa 10 atuou deslocado da posição
em que chamou a atenção do próprio Sport. Ele ocupou a faixa lateral direita, a
mesma que Samuel estava, no momento em que a maior carência leonina era na
região central do campo.
O jogo
caminhava no mesmo ritmo quase parando do primeiro tempo quando o time da casa
aproveitou um erro na saída de bola de Renê. Camilo rolou para Hyoran, que
entrava pelo lado direito da área. Ele chutou rasteiro, no canto direito de
Magrão. O detalhe é que essa foi a primeira finalização da Chapecoense em
direção ao gol.
E a segunda
também foi letal para os rubro-negros. Em outra saída de bola errada, Bruno
Rangel lançou Maranhão na hora que a defesa do Sport saía. Magrão tentou fechar
o ângulo mas Maranhão teve a tranquilidade para tirar do goleiro e ampliar.
SEM
CRIATIVIDADE
Trocas de
passes em progressão? Velocidade? Nada disso. Os dois times sofreram muito com
falta de qualidade para jogar com os pés. O Sport até tentou mas errou demais.
A Chapecoense nem isso. Apelou mesmo para o jogo áreo. Mesmo quando saía de seu
campo de defesa era apelando para a bola longa.
MAGOADA
Aos dez minutos
do segundo tempo Régis apareceu na lateral do campo para entrar no lugar de
Samuel. O estádio inteiro vaiou. Resultado da troca feita pelo jogador no
Brasileiro do ano passado, quando deixou a Chapecoense para assinar contrato
com o Sport.
Ficha do jogo:
Chapecoense:
Danilo; Apodi, Rafael Lima, Vilson e Dener; Elicarlos, Gil, Maylson (Hyoran) e
Camilo (Wanderson); William Barbio (Maranhão) e Bruno Rangel. Técnico: Vinícius
Eutrópio.
Sport: Magrão;
Oswaldo, Ewerton Páscoa, Durval e Renê; Rithely, Rodrigo Mancha, Wendell (Mike)
e Élber; Samuel (Régis) e Joelinton. Técnico: Eduardo Baptista.
Local: Arena
Condá, em Chapecó (SC). Árbitro: Igor Benevenuto (MG). Assistentes: Márcio
Santiago e Marcus Vinícius Gomes (ambos de MG). Gols: Hyoran, aos 29; Maranhão,
aos 34 do segundo. Cartões amarelos: Vílson, Régis, Maranhão, Ewerton Páscoa,
Joelinton, Rodrigo Mancha e Oswaldo.
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