sexta-feira, 22 de julho de 2011

Aprenda a se proteger da leptospirose, sobretudo nesta época de chuvas


Da Redação do pe360graus.com
Ter que colocar os pés dentro da água suja para sair ou entrar em casa é a realidade de muitos moradores da Região Metropolitana do Recife (RMR) que vivem em ruas que alagam quando chove. Para andar em ruas alagadas, algumas pessoas chegam a usar botas para evitar doenças como a leptospirose, que é transmitida quando em contato com água que foi contaminada pela urina do rato.
Todos esperam que prefeituras e governo resolvam essa situação das ruas alagadas na RMR. Mas, se a única saída por enquanto for caminhar com pés e parte do corpo dentro da água, existem alguns cuidados que podem ser tomados para se proteger da leptospirose.

A urina do rato infectado pela bactéria que causa a leptospirose se mistura com a água que invade ruas e casas e pode penetrar na pele de qualquer pessoa que teve contato com essa água, principalmente através dos olhos, do nariz, da boca e de ferimentos na pele. Além disso, a bactéria também pode entrar no corpo do ser humano pela água que bebe ou pelo alimento que come.

Por isso, prevenir é uma postura fundamental. Deve-se, por exemplo, andar calçado e, quando em contato com a água dos alagamentos, usar botas e luvas de borracha. Manter o lixo dentro de baldes ou de sacos plásticos, para que ele não atraia ratos, também é recomendado. Outras orientações são deixar os reservatórios de água fechados e os alimentos em lugares altos e isolados, pois tentar reduzir a quantidade de ratos em casa também é muito importante.

Os primeiros sintomas da leptospirose aparecem de uma a duas semanas depois da contaminação. Entre eles, estão febre alta, dor de cabeça, dor na barriga, dor muscular, especialmente na panturrilha, a conhecida batata da perna, além de vômito e cansaço. Esses sintomas são muito parecidos com os de outras doenças. Mas, se a pessoa sabe que esteve exposta a uma situação de risco, não deve esperar. É preciso procurar logo um médico.

A médica Liliana Cerqueira explica que, num segundo momento, o fígado, os rins, os sistemas muscular e cardíaco são atacados também. É mais comum o agravamento em crianças e idosos. “Quanto mais precoce for instituído o tratamento, muito mais chance da regressão da doença”, afirma.

O tratamento é feito com antibióticos e a chance de cura é grande. “Inicialmente, a gente faz, como em qualquer outra virose, uma boa hidratação e a aplicação do antibiótico, já que se trata de uma doença transmitida por uma bactéria”, diz Liliana Cerqueira.

Não há vacina para imunizar o ser humano contra a leptospirose. Então cabe a cada um se proteger. O tratamento, logo no início, é feito em postos de saúde. Se a leptospirose avançar, o paciente deve procurar o Hospital Oswaldo Cruz, no bairro de Santo Amaro, no Centro do Recife.

NÚMEROS DA LEPTOSPIROSE EM PERNAMBUCO

De acordo com a Secretaria de Saúde de Pernambuco, 488 casos de leptospirose foram notificados este ano no Estado e 130 foram confirmados. No mesmo período do ano passado, foram notificados 464 casos e confirmados 165. Já morreram neste ano 17 pessoas vítimas de leptospirose.  No mesmo período em 2010, foram confirmadas 16 mortes.

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