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Multiplicamos
nossos bens, mas reduzimos nossos valores. Nós falamos demais, amamos
raramente, odiamos frequentemente. Aprendemos a sobreviver, mas não a viver;
adicionamos anos a nossa vida e não vida aos nossos anos.
Fomos e
voltamos a Lua, mas temos dificuldade em cruzar a rua e encontrar um novo
vizinho. Conquistamos o espaço, mas não o nosso próprio. Fizemos muitas coisas
maiores, mas pouquíssimas melhores.
Limpamos o
ar, mas poluímos a alma; dominamos o Átomo, mas não nosso preconceito;
escrevemos mais, mas aprendemos menos; planejamos mais, mas realizamos menos. Aprendemos
a nos apressar e não, a esperar. Construímos mais computadores para armazenar
mais informação, produzir mais cópias do que nunca, mas nos comunicamos cada
vez menos.
Estamos na
era do 'fast-food' e da digestão lenta; do homem grande, de caráter pequeno;
lucros acentuados e relações vazias. Essa é a era de dois empregos, vários
divórcios, casas chiques e lares despedaçados.
Essa é a
era das viagens rápidas, fraldas e moral descartáveis, das rapidinhas, dos
cérebros ocos e das pílulas mágicas. Um momento de muita coisa na vitrine e
muito pouco na dispensa. Uma era que leva essa carta a você, e uma era que te
permite dividir essa reflexão ou simplesmente clicar delete.
Lembre-se
de passar tempo com as pessoas que ama, pois elas não estarão aqui para sempre.
Lembre-se dar um abraço carinhoso em seus pais, num amigo, pois não lhe custa
um centavo sequer.
Lembre-se
de dizer eu te amo a sua esposa(o), seus filhos, seus netos, seus vizinhos e as
pessoas que ama, antes que seja tarde e elas se vão... mas, em primeiro lugar,
se ame... se ame muito. Um beijo e um abraço curam a dor, quando vem de lá de
dentro. Por isso, valorize sua família e as pessoas que estão ao seu lado,
sempre”. George Carlin
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