Da
Agência Brasil
A
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) decidiu, em reunião nessa
terça-feira (3), lançar consulta pública, no prazo de 30 dias, sobre a proposta
de "adotar mecanismos para permitir que os medicamentos isentos de receita
médica possam ser colocados ao alcance do consumidor na farmácia, considerando
o risco sanitário envolvido para esse tipo de produto”.
Desde
2010, a Anvisa determinou que medicamentos sem prescrição médica só podem ser
vendidos por um atendente. Os remédios deixaram de ficar em gôndolas e
prateleiras ao alcance direto do consumidor. Na época, a agência reguladora
alegou que o remédio, mesmo isento de receita, pode apresentar risco à saúde e,
por isso, o cidadão deve ser orientado por um farmacêutico antes de comprar. A
medida não agradou a entidades representativas das farmácias, que recorreram à
Justiça para suspendê-la.
No
entanto, estudo da equipe técnica da Anvisa sinaliza que a proibição tem
diminuído o poder de escolha do consumidor. Em 2007, 4,6% dos remédios isentos
de prescrição foram indicados pelo atendente, balconista ou farmacêutico. A
influência afetou 9,3% das vendas em 2010, ano em que a exigência determinada
pela Anvisa já estava em vigor, segundo estudo apresentando ontem (3) na
reunião.
Para
representantes da Associação Brasileira da Indústria de Medicamentos Isentos de
Prescrição (Abimip), o consumidor fica, por exemplo, sem condições de comparar
preços com o medicamento atrás do balcão.
A
consulta pública foi proposta pelo diretor-presidente da Anvisa, Dirceu
Barbano. Ele também sugeriu que a agência e o setor farmacêutico elaborem, em
dois meses, um plano para coibir a venda de remédios com tarja sem receita
médica.
Nenhum comentário:
Postar um comentário