segunda-feira, 16 de abril de 2012

Economia pernambucana produzirá quase R$170 bilhões até 2014

POSTADO POR PEINVESTIMENTO
Foto: Hélia Schepa/JC Imagem
Por Shirlene Marques
O aporte de novos empreendimentos em Pernambuco deverão traduzir-se, até 2014, em uma economia que produzirá quase R$170 bilhões para o Estado, com geração de empregos e melhoria na renda dos trabalhadores. O dado faz parte da pesquisa inédita preparada pela Agência Estadual de Planejamento e Pesquisas de Pernambuco (Condepe/Fidem), divulgada nesta segunda-feira (16). A projeção da produção da economia para este para este ano é de R$120,7 bilhões, ou seja será agregado daqui a apenas dois anos, quase R$ 50 bilhões.
Durante dois anos, uma equipe técnica da Agência, em parceria com professores do departamento de Economia da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), pesquisou o impacto dos investimentos de cinco unidades que instalaram-se no Estado. Foram escolhidas a Refinaria Abreu e Lima, PetroquímicaSuape, Estaleiro Atlântico Sul, Hemobrás e BR Foods que tiveram dados analisados desde 2007 e projetados até 2014. A metodologia usada na pesquisa dividiu os empreendimentos em duas etapas, construção e operação, e conseguiu extrair números relativos a investimentos, empregos gerados em cada fase e qual o efeito na renda dos trabalhadores envolvidos.
As cinco unidades totalizaram investimentos (valor adicional bruto) na ordem de R$ 54,2 bilhões, nas duas etapas pesquisadas. Os grandes destaques foram para a Refinaria Abreu e Lima com R$ 32 bilhões e a PetroquímicaSuape com quase R$ 20 bilhões. O estudo também apontou a perspectiva de geração de 1,2 milhão de postos de trabalho, sendo que 1 milhão deles centrado no momento de operação das empresas. A Refinaria ficou com 44,3% nesta categoria, seguida pela PetroquímicaSuape, com 26,1%.


NOVAS CONFIGURAÇÕES - O estudo da Condepe/Fidem aponta para uma reconfiguração da estrutura setorial da economia em Pernambuco, com destaque para o setor industrial. Em 2008, a agropecuária detinha 5,4%, as indústrias 21,8% e os serviços 72,8%. A projeção da pesquisa aponta em 2014, um crescimento na área industrial para 28%. Serviços com 67,5% e agropecuária com 4,5% apresentariam quedas.
De acordo com Antônio Alexandre, um fator que também agregará no setor industrial será a instalação e funcionamento da Fábrica da Fiat. ” Nesse estudo não incluímos a empresa, porém pretendemos fazer um estudo detalhado sobre o impacto do polo automotivo em Pernambuco. Precisamos detalhar os acréscimos econômicos de mais uma nova cadeia que se instala no Estado.
EMPREGO E RENDA - O impacto dos novos empreendimentos também reflete-se na geração dos rendimentos das famílias. Um total de R$20,5 bilhões serão destinados até 2014 para os trabalhadores envolvidos nas cinco unidades. Desse montante, R$ 5,7 bilhões serão disponibilizados na fase de construção e outros R$ 14,8 bilhões na fase de operação. Para o secretário de Desenvolvimento econômico, Geraldo Júlio, o Estado precisa estar apto para aproveitar as oportunidades. ” Pernambuco vive uma outra economia, é como se fosse um outro Estado. O que nos deixa com uma preocupação permanente de crescer, levando em conta uma sustentabildade global”, alertou.

Para o secretário de Planejamento e Gestão, Alexandre Rebelo, o novo cenário econômico vem exigindo do Estado esforços em vários setores, como no de qualificação profissional. ” Pernambuco vive um bom ambiente de negócios e através de investimentos e aportes recebidos pelo Estado, estamos conseguindo fomentar uma mudança de patamar. Já criamos nove escolas técnicas e nove estão em construção, estamos fazendo o nosso papel”, enfatizou Rebelo.

Nenhum comentário: