Fonte:
Agência Brasil
O
ministro do Trabalho e Emprego, Brizola Neto, determinou ontem terça-feira (22)
a abertura de sindicância interna no ministério para apurar responsabilidades
sobre a denúncia de liberação irregular de R$ 3 bilhões do Fundo de Garantia do
Tempo de Serviço (FGTS) para incorporadoras imobiliárias, como revela relatório
da Controladoria-Geral da União (CGU).
A
investigação da CGU constatou a existência de um esquema irregular em benefício
de representantes do conselho curador do FGTS e de funcionários da Caixa
Econômica Federal, operadora dos recursos do fundo. O relatório assegura que
servidores da Caixa participaram de empresas beneficiadas em operações com
recursos do FGTS, o que caracteriza “conflito de interesses” na gestão de
recursos públicos.
De
acordo com Brizola Neto, uma empresa só, a Sscore, assessorou seis das sete
emissões de debêntures de incorporadoras compradas pelo FGTS, em 2009 e 2010,
fato que despertou a curiosidade da CGU. A investigação verificou, então, que
uma funcionária da Caixa, dois integrantes do conselho curador do FGTS e um
economista do Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi-SP) foram sócios ou
dirigentes da Sscore no período em análise.
Além
da sindicância interna, Brizola Neto revelou a adoção de medidas também para
garantir mais transparência às reuniões do conselho curador, como a divulgação
das atas das reuniões. Medida que, por sinal, consta dentre as exigências da
Lei de Acesso à Informação, que entrou em vigor na semana passada. O ministro
anunciou, ainda, a convocação de reunião extraordinária do conselho, em data a
ser definida, para debater uma política de aplicação dos recursos do FGTS.
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