Do Portal
UOL
Por ocasião
do Dia Internacional contra a Homofobia, as organizações defensoras dos
direitos das minorias sexuais alertaram na quinta-feira (17) sobre a persistência
da discriminação e da violência contra homossexuais pelo mundo, opção sexual
ilegal em 78 países e punida com pena de morte em cinco.
A Associação
Internacional de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transexuais e Intersexuais (ILGA)
divulgou nesta semana em Genebra um relatório sobre a situação da
homossexualidade que revela que dez países permitem o casamento entre pessoas
do mesmo sexo e 12 admitem a adoção de filhos por parte de casais.
Irã, Arábia
Saudita, Iêmen, Mauritânia e Sudão penalizam a homossexualidade com pena de
morte, o que ocorre também em algumas regiões do norte da Nigéria e do sul da
Somália.
A Europa é a
região onde os direitos dos homossexuais são mais atendidos, na América Latina
o maior problema é a violência -- pois a maioria de países não conta com
legislação que proíba a homofobia--, enquanto metade dos países da Ásia ainda
criminaliza a homossexualidade.
Nos Estados
Unidos, onde os ativistas consideraram um grande avanço o recente
pronunciamento do presidente Barack Obama em favor de casamento homossexual,
foram convocados atos de protesto. O apoio de Obama ao casamento gay levou o
debate ao centro da campanha eleitoral no país, já que seu provável rival
republicano, Mitt Romney, se opõe à união entre pessoas do mesmo sexo.
Em Cuba, o
Dia contra a Homofobia é lembrado com atos que começaram no último dia 8 com
atividades acadêmicas, educativas, artísticas e eventos públicos e a já
tradicional "conga" contra a homofobia realizada nas ruas de Havana
no sábado passado.
A iniciativa
é promovida desde 2007 pelo Centro Nacional de Educação Sexual (Cenesex),
dirigido por Mariela Castro, filha do presidente cubano Raúl Castro, como parte
de sua campanha para sensibilizar sobre o respeito à diversidade sexual.
A Sociedade
de Integração Gay Lésbica Argentina (Sigla) se manifestará em frente ao
Ministério da Educação, em Buenos Aires, enquanto outros grupos como a
Comunidade Homossexual Argentina (CHA) apoiará guias escolares --a Argentina
autorizou o casamento homossexual em 2010.
Na Europa, e
especificamente no Reino Unido, foram convocados para hoje 150 atos para
celebrar a data, nos quais se incluem protestos contra a situação dos
homossexuais em outros países como Irã e Nigéria.
Em Paris, a
associação Osez Le Féminisme pretendia organizar um "flash-mob
Kiss-in" de mulheres contra a discriminação de lésbicas, em uma praça
próxima ao centro Pompidou. Com o beijo público entre mulheres, a associação
pretende chamar a atenção sobre "a violência especificamente dirigida
contra as mulheres por ocasião de sua homossexualidade".
Entre os
eventos previstos na capital alemã, está uma maratona de beijos
"Kiss.In" sob o lema "Homofobia, um perigo para nossa juventude.
Contra a banalização da violência contra homossexuais e transexuais".
Na Rússia,
os índices de homofobia são alarmantes. Cerca de 45% dos russos dizem ter
emoções negativas ao lidar com homossexuais, segundo uma pesquisa publicada
nesta quinta-feira por ocasião da data. A Prefeitura de Moscou cogita negar
autorização para a realização de duas manifestações de orgulho gay no centro da
capital russa nos próximos dias 26 e 27.
A África do
Sul é a exceção africana no reconhecimento dos direitos da comunidade gay, em
um continente onde a homossexualidade é proibida em cerca de 30 países e punida
com a prisão em muitos deles. A Constituição sul-africana de 1996 é uma das
mais avançadas da África e reconhece o direito de união de casais do mesmo
sexo.
Um comentário:
um bando de pervertidos que nao se reconhecem doentes
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