sexta-feira, 25 de maio de 2012

Quatro horas e meia de uma reunião tensa


Quando deixou a sala de reunião na sede do PT nacional, em São Paulo, o prefeito João da Costa demonstrava tranquilidade. Foram quatro horas e meia sentado de costas para o adversário, o secretário estadual de Governo, Maurício Rands, até ouvir que seria submetido a uma outra prévia.

E mais, antes mesmo que o encontro começasse, ele assistiu Rands protocolar um documento em que pedia mais uma vez a anulação do resultado. O deputado federal, mesmo conseguindo impor ao prefeito mais um desgaste com a realização de uma nova consulta, não saiu tão satisfeito do encontro, segundo fontes relataram. Rands queria ter sido aclamado candidato, ou até mesmo que um terceiro nome fosse colocado em jogo, como vinha sendo ventilado nos bastidores de Brasília dias antes do embate na cúpula partidária.

Ao seu estilo, Rands fez uma fala longa, destacando suas qualidades e afirmando que o prefeito não tinha condições de conquistar a reeleição, por isso a melhor alternativa, bradou, seria seu nome ser aclamado após o encontro.
Já o prefeito fez o de praxe. Falou em defesa de sua gestão, ressaltando os avanços que afirma ter estabelecido em relação ao seu antecessor, o deputado federal João Paulo – a quem alguns integrantes da nacional atribue a maior responsabilidade pela crise instaurada no Recife. 
Bruna Serra e Joana Rozowykwiat do Jornal do Commercio

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