Da BBC Brasil
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imagem: dignow.org |
O
Brasil aumentou suas exportações de armas de pequeno porte de US$ 273 milhões
para US$ 382 milhões em apenas um ano, segundo o recém-divulgado levantamento
"Small Arms Survey 2012". Com isso, de acordo com os dados utilizados
pelo estudo, o país se mantém como o quinto maior vendedor desse tipo de
armamento no mundo.
A
pesquisa compara dados de 2008 e 2009, fazendo a ressalva de que as vendas
brasileiras podem estar subestimadas - isso porque o Brasil não divulgou suas
exportações de revólveres, pistolas e munições de pequeno calibre para um
levantamente feito pela ONU há três anos, e as vendas do país tiveram de ser
estimadas com base em relatórios de importadores. De acordo com a pesquisa, os
maiores clientes brasileiros seriam os EUA, a Malásia, a Grã-Bretanha, a
Alemanha e a Colômbia.
CONFERÊNCIA GLOBAL - O relatório de 367 páginas da
"Small Arms Survey 2012" é resultado de um projeto de pesquisa
independente do Instituto de Estudos Internacionais e do Desenvolvimento, com
sede em Genebra, que conta com o apoio financeiro de diversos países, entre
eles o Canadá, a Alemanha, a Holanda, a Noruega e a Grã-Bretanha, além da
Suíça.
Ele
foi divulgado na sede da ONU em Nova York em um momento em que as Nações Unidas
inauguram a Segunda Conferência de Revisão do Programa de Ação sobre Armas
Leves e Pequenas. O "Small Arms Survey 2012" mostra que o comércio
autorizado de armas de pequeno porte no mundo mais que dobrou nos últimos seis
anos, movimentando um total de US$ 8,5 bilhões em 2011.
Já
a conferência da ONU, que dedicará boa parte do tempo a discutir o comércio
ilícito, adverte que "as armas pequenas são leves, fáceis de serem
manuseadas, trasnportadas e escondidas. O acúmulo dessas armas por si só pode
não criar conflitos em que elas são usadas, mas sua farta disponibilidade
agrava as tensões. A violência se torna mais letal e duradoura, a sensação de
insegurança cresce, o que por sua vez aumenta a demanda por armas", prossegue
o programa da conferência.
MOTIVOS - O aumento do comércio global de
armas e munição de pequeno calibre, pistolas, espingardas e peças para armas
leves estaria relacionado principalmente à expansão das compras pelos EUA e
aquisições feitas para alimentar os conflitos no Oriente Médio.
Além
do Brasil, o grupo dos maiores exportadores - aqueles cujas vendas ultrapassam
os US$ 100 milhões - também incluiria Estados Unidos, Itália, Alemanha,
Áustria, Japão, Suíça, Rússia, França, Coreia do Sul, Bélgica e Espanha. Os
principais importadores seriam EUA, Grã-Bretanha, Austrália, Arábia Saudita,
Alemanha, Canadá, Alemanha e França.
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